"A DECO reivindica medidas urgentes para baixar o preço da energia, incluindo o valor do IVA, [e] para proteção dos direitos dos consumidores em novos modelos de energia, como comunidades de energia e adoção de políticas públicas de apoio à eficiência energética, combatendo-se a pobreza energética das famílias", lê-se num comunicado divulgado pela associação no âmbito do Dia Mundial da Energia, que hoje se assinala.
Segundo salienta, "a vulnerabilidade energética é uma realidade para muitas famílias, que não aquecem a casa no inverno ou arrefecem no verão, vivendo em habitações pouco confortáveis e até pouco saudáveis".
De acordo com a DECO, o setor da energia "continua a ser um problema para as famílias portuguesas", que se queixam sobretudo de faturação excessiva: em 2024 a associação recebeu um total de 6.258 reclamações e, de janeiro a abril deste ano, 2.017.
No âmbito do Dia Mundial da Energia, a DECO avançou ainda que, um mês depois do "apagão" de 28 de abril, recebeu mais de uma centena de reclamações acerca de danos nos eletrodomésticos e equipamentos, dificuldades graves na retoma das telecomunicação e perturbações (cancelamentos e atrasos) nos voos.
Outro dos alertas da associação tem a ver com a "difícil leitura" da fatura da eletricidade: "A maioria dos consumidores está preocupada com a fatura e a sua difícil leitura. Embora as famílias manifestem o seu interesse em reduzir custos e melhorar a eficiência energética da sua casa, a linguagem complicada da fatura de energia e a desinformação e a complexidade das medidas de apoio continuam a ser barreiras à gestão eficiente do consumo", sustenta.
Neste contexto, a DECO considera "urgente" investir na literacia energética dos consumidores.
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