Navigator confirma saída de 125 pessoas mas rejeita pressões a trabalhadores

A Navigator confirmou hoje a saída de 125 pessoas até ao final do ano, mas rejeitou as acusações de que terá pressionado trabalhadores a rescindir contrato, assegurando que as saídas registadas resultam de um programa voluntário.

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© Navigator

Lusa
23/05/2025 17:12 ‧ há 7 horas por Lusa

Economia

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Na semana passada, a União dos Sindicatos de Setúbal da CGTP-IN tinha denunciado que a Navigator estava a exercer pressão para a saída de 54 trabalhadores nas fábricas de Setúbal e Figueira da Foz.

 

Hoje, em comunicado, a produtora de pasta e papel considera que se trata de declarações "falsas", garantindo que apenas 25 dessas saídas estão relacionadas com uma reorganização industrial em curso.

"Do total de 125 saídas ocorridas ou previstas até final de 2025, apenas 25 resultam da reorganização industrial em curso, nas unidades de Setúbal e Figueira, sendo que o número de colaboradores efetivamente abrangidos é substancialmente inferior aos 54 mencionados publicamente", refere a empresa.

No universo da Navigator em Portugal, com mais de 3.000 trabalhadores, registaram-se, até à data, 84 saídas de colaboradores em 2025, motivadas por situações de mútuo acordo, não renovação de contrato, reforma, por iniciativa do colaborador e falecimento, detalha.

"A Navigator pauta a sua atuação pelo cumprimento rigoroso da legislação laboral, transparência e respeito pelos seus colaboradores", afirma a empresa, sublinhando que o programa de rejuvenescimento existe desde 2014, é voluntário, compensado e direcionado a trabalhadores com longas carreiras em regime de turnos.

Sobre alegadas retaliações contra trabalhadores por participação em greves ou reivindicações salariais, como o sindicato tinha acusado, a Navigator rejeita qualquer prática discriminatória, frisando que as avaliações de desempenho são "objetivas, estruturadas e transparentes" e que a progressão salarial está diretamente ligada ao mérito.

A empresa defende ainda manter um diálogo regular com estruturas sindicais e garante que continuará a investir na requalificação de colaboradores e na transição justa para novos perfis profissionais exigidos pela reestruturação do setor.

A Navigator destaca ainda que, entre maio de 2024 e maio de 2025, criou 65 novos postos de trabalho líquidos, sobretudo nos segmentos de papel de embalagem, 'tissue' e celulose moldada.

Em declarações à Lusa, Luís Leitão, dirigente sindical, tinha denunciado que os trabalhadores "foram pressionados a sair", tendo a empresa dado poucos dias para aceitarem os termos propostos. Segundo o responsável, o que estava subjacente à saída de alguns dos 54 trabalhadores era "o facto de a maioria deles reivindicar, não se calar e pedir aumentos salariais".

Acrescentou ainda que "quem tinha aderido à greve teve avaliação negativa".

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