As receitas da tecnológica financeira subiram 13% nos primeiros três meses do ano, para 701 milhões de dólares (cerca de 627,6 milhões de euros à taxa de câmbio atual), enquanto os custos com transações cresceram 19%, para 430 milhões de dólares (381,6 milhões de euros), segundo os dados comunicados ao mercado na segunda-feira.
Entre estes custos destacam-se as perdas com os créditos que não foram pagos pelos clientes, que cresceram 17% para 136 milhões de dólares (120,7 milhões de euros).
A estes valores somaram-se os prejuízos com despesas operacionais, na ordem dos 267 milhões de dólares (237 milhões de euros), que subiram 2%.
Os lucros operacionais passaram de perdas de dois milhões de dólares até março de 2024 para ganhos de três milhões de dólares este ano, que acabaram anulados por gastos extraordinários, como depreciações, amortizações, ou restruturação.
Apesar do agravamento dos resultados líquidos negativos, a Klarna teve um aumento de 10% do volume de vendas transacionadas na sua rede, para 25,3 mil milhões de dólares, enquanto o número de consumidores cresceu 18%, para 99 milhões.
Ao mesmo tempo, o número de parceiros subiu 27% para 724 mil e o rendimento médio por consumidor ativo cresceu 3% para 29 dólares.
Citado em comunicado, o presidente executivo e cofundador da Klarna, Sebastian Siemiatkowski, saudou os resultados, dizendo que "a dinâmica é inegável", e destacou as parcerias.
"A nossa estratégia de IA [Inteligência Artificial] em primeiro lugar tem dado retornos excecionais. Estamos a ultrapassar os nossos concorrentes, a nossa rede de parceiros está a escalar rapidamente e os nossos produtos de próxima geração estão a mudar a gestão de dinheiro para milhões", registou.
A Klarna começou a operar em 2005 e entrou no mercado português em 2021 e nestes quatro anos de operação soma mais de 600 mil utilizadores em Portugal, trabalhando com mais de 5.000 marcas parceiras, segundo fonte oficial da empresa.
A Klarna pode ser utilizada para pagamentos tanto em loja física como em compras 'online', permitindo que o cliente pague a compra em prestações (até três prestações sem juros).
A empresa disse à Lusa que os principais setores em transações efetuadas são moda, cosméticos e que têm crescido as transações em eletrónica e artigos para a casa.
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