De acordo com um comunicado do ministério costa-riquenho das Finanças, divulgado esta quarta-feira, o país precisa deste linha de crédito, descrita como um mecanismo "seguro e que oferece liquidez imediata", caso se concretizem riscos como choques externos e quebra de confiança dos mercados.
Entre os riscos, as autoridades citaram um eventual abrandamento económico nos principais parceiros comerciais do país, novas tensões geopolíticas, medidas protecionistas e saídas abruptas de capitais dos mercados emergentes.
De acordo com dados da Organização Mundial do Comércio, os Estados Unidos e a China eram os principais parceiros comerciais da Costa Rica.
"Este instrumento permitirá resistir aos choques externos, catalisando simultaneamente um círculo virtuoso de prosperidade: mais confiança, melhor acesso ao financiamento, mais investimento, ou seja, mais crescimento e bem-estar para os nossos cidadãos", escreveu o ministro das Finanças Nogui Acosta, citado no comunicado.
"Estamos determinados a prosseguir nesta via, com responsabilidade, mas, acima de tudo, com uma visão a longo prazo", acrescentou.
Se aprovado, "o país passará a fazer parte do pequeno grupo de nações com acesso a esse instrumento, o que reafirmará a sua posição como uma economia confiável e bem administrada", disse ainda o titular do Ministério das Finanças.
O FMI fez saber através de um comunicado que a diretora-geral da instituição multilateral, Kristalina Georgieva, tenciona recomendar a aprovação do acordo à Costa Rica, quando o conselho executivo do Fundo se reunir nas próximas semanas.
A linha de crédito flexível "está reservada a países com um quadro político muito sólido e um historial de forte desempenho económico. Ajuda a proteger os países, proporcionando-lhes acesso antecipado aos recursos do FMI, em caso de necessidade, face a futuros choques externos", escreveu o Fundo.
"Também permite que os países elegíveis demonstrem o seu compromisso contínuo com quadros institucionais e políticas macroeconómicas e financeiras sólidas", acrescenta o documento, sublinhando que as autoridades costa-riquenhas pretendem que a linha de crédito tenha um caráter preventivo.
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