Suprimidos mais de 70% dos comboios até às 8h devido a greve parcial

A greve parcial dos revisores e dos trabalhadores das bilheteiras levou hoje à supressão de 175 comboios dos 249 programados (70,3%) entre as 00:00 e as 08:00, segundo dados da CP -- Comboios de Portugal enviados à Lusa.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
12/05/2025 09:14 ‧ há 6 horas por Lusa

Economia

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Nas ligações urbanas de Lisboa, dos 109 comboios previstos foram suprimidos 71, e nos de longo curso estavam programados 13 e foram suprimidos 12.

Nos urbanos do Porto, estavam programadas 52 ligações e foram canceladas 30.

Quanto aos comboios regionais, dos 68 programados, foram suprimidos 56, segundo a transportadora.

Contactada pela Lusa hoje de manhã, fonte do SFRCI - Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante, que convocou a greve parcial, adiantou que a adesão à paralisação dos revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP, que começou às 05:00 de hoje e que termina às 08:30, é de 100%, estando a ser cumpridos os 25% de serviços mínimos.

"A greve parcial teve início às 05:00 e termina às 08:30, mas os efeitos devem fazer-se sentir durante a manhã. A adesão à greve é de 100%, estando apenas a ser cumpridos os 25% respeitantes aos serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral", disse à Lusa Luís Bravo, do SFRCI.

O sindicalista disse que a greve visa reivindicar melhores condições salariais para todos os trabalhadores da empresa.

"A greve parcial mantém-se até terça-feira, sendo que ainda vai ter reflexos na quarta-feira dia 14", adiantou.

De acordo com Luís Bravo, a greve "mostra bem o descontentamento dos trabalhadores" em luta contra os salários baixos desde 2010.

"Em 2025, o Governo dá continuidade à sua politica de baixos salários, tendo aplicado um aumento salarial no valor de 34Euro no salário base, valor mais uma vez abaixo do aumento salarial verificado no salário mínimo, considerado muito insuficiente por parte dos trabalhadores", segundo o sindicato.

De quarta-feira a sexta-feira, vários sindicatos estiveram em greve, sendo que até sexta-feira não houve serviços mínimos, o que resultou na paragem total da circulação.

Os trabalhadores exigem o cumprimento do acordo alcançado em 24 de abril entre a administração da CP e os sindicatos, considerando que "o Governo não pode querer os méritos da negociação e depois fugir às suas responsabilidades na aplicação".

A paralisação, que começou na quarta-feira e se prolonga até 14 de maio, foi convocada contra a imposição de aumentos salariais "que não repõem o poder de compra", pela "negociação coletiva de aumentos salariais dignos" e pela "implementação do acordo de reestruturação das tabelas salariais, nos termos em que foi negociado e acordado", disseram os sindicatos.

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