As fraudes associadas a transferências bancárias afundaram 77% com a identificação do destinatário, uma medida implementada pelo Banco de Portugal (BdP) no ano passado, segundo os dados divulgados na quinta-feira pelo supervisor da banca.
"Nos três meses seguintes à implementação destas funcionalidades, as situações de fraude em transferências causadas por manipulação do ordenante caíram 77%", pode ler-se no comunicado do BdP sobre o o Relatório dos Sistemas de Pagamentos de 2024.
Ao que indica o supervisor da banca, em 2024, existiram 83,3 milhões de consultas para confirmação de beneficiário singular. No final do ano, o SPIN (que permite realizar transferências com recurso ao número de telemóvel ou ao número de identificação de pessoa coletiva) tinha 339 mil associações ativas a contas.
O supervisor lembra que, "para tornar os pagamentos ainda mais convenientes e mais seguros, em linha com a Estratégia Nacional para os Pagamentos de Retalho, o Banco de Portugal disponibilizou o SPIN e o serviço de confirmação do beneficiário/devedor (que permite identificar previamente o destinatário das transferências, tradicionais e imediatas, e o devedor dos débitos diretos)".
O supervisor da banca acrescenta ainda que, a "partir de 19 de maio de 2025, os prestadores de serviços de pagamento serão ainda obrigados a identificar o beneficiário final nas operações com recurso a referências de pagamento e nos débitos diretos".
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