AHRESP preocupada com impacto económico da restrição de horário no sábado

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) manifestou hoje preocupação com o impacto económico do encerramento antecipado, no sábado, dos estabelecimentos na zona do Marquês de Pombal, em Lisboa, devido aos festejos da liga de futebol.

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Lusa
08/05/2025 15:48 ‧ há 2 horas por Lusa

Economia

Benfica-Sporting

"Embora compreendamos a necessidade de garantir a ordem pública, não podemos deixar de assinalar o impacto económico que esta medida acarreta, sobretudo para negócios que dependem da afluência de público em dias de grande movimentação", afirmou a AHRESP, em resposta à agência Lusa.

 

A Câmara de Lisboa, através de um despacho municipal, determinou que perto de 60 restaurantes, cafés e supermercados na zona do Marquês de Pombal e do Parque Eduardo VII têm de encerrar às 17:00 no sábado, devido aos possíveis festejos do campeão da liga principal de futebol.

A decisão é justificada "por questões de segurança" e após pedido da Polícia de Segurança Pública (PSP), no âmbito da possibilidade de o título português de futebol poder ser atribuído já no sábado, no dérbi lisboeta entre Benfica e Sporting, que tem início às 18:00 no Estádio da Luz.

Habitualmente, para celebrar a conquista do campeonato, os adeptos de ambos os clubes concentram-se na rotunda do Marquês de Pombal e nos arredores.

De acordo com a AHRESP, o encerramento antecipado dos estabelecimentos no sábado, a partir das 17:00, compromete "o segundo período de maior faturação semanal".

Referindo que "esta não é a primeira vez" que os estabelecimentos são forçados a encerrar por motivos preventivos relacionados com festejos desportivos, a associação reforça que compreende que "a segurança pública deve ser sempre uma prioridade" e sublinha que a medida pretende "evitar potenciais situações de desordem pública", num previsível contexto de grande aglomeração e euforia coletiva.

"Esta é uma situação excecional e incontornável, determinada com base em avaliações de risco feitas pelas forças de segurança, não existindo alternativas que garantam os mesmos níveis de segurança", expôs.

Apesar de compreender a restrição de horário, a AHRESP está preocupada com o impacto económico que terá para os empresários da restauração e bebidas, tendo estado, "desde a primeira hora", em contacto com a Câmara de Lisboa para dar nota dos "prejuízos" que esta decisão representa para os estabelecimentos afetados.

Assegurando o acompanhamento da situação, mantendo o diálogo com a autarquia e com as autoridades competentes, a associação destaca a disponibilidade para apoiar os seus associados na gestão dos impactos desta medida, bem como "na procura de soluções futuras mais equilibradas e justas".

Com uma visão semelhante, a Associação Avenida da Liberdade afirma que a restrição de horário afeta a atividade comercial na zona, mas reconhece que a medida "é incontornável, até por uma questão de segurança", pelo que os empresários têm de aceitar, "com sentido cívico, para evitar problemas maiores".

Esta associação representa cerca de 150 empresários do comércio, restauração, turismo, cultura e escritórios na zona da Avenida da Liberdade, uma das principais artérias da cidade de Lisboa, que liga praça do Marquês de Pombal à dos Restauradores.

Em declarações à Lusa, o presidente da Associação Avenida da Liberdade, Pedro Mendes Leal, indica que a restrição "afeta toda a atividade económica na avenida, porque uns são forçados a fechar portas e os outros que têm as portas abertas também são afetados com a agitação anormal".

Questionado sobre se haverá estabelecimentos a optarem, por iniciativa própria, a encerrar mais cedo no sábado, incluindo as lojas de luxo, o responsável diz que não tem essa informação, ressalvando que cabe a cada empresário "tomar as precauções que entender".

Leia Também: Benfica-Sporting: 60 estabelecimentos de Lisboa têm de fechar às 17h

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