Fórum para a Competitividade estima PIB em "valores inferiores a 2%"

O Fórum para a Competitividade estimou hoje uma revisão em baixa do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano "para valores inferiores a 2%", depois dos dados do 1.º trimestre, deterioração das perspetivas internacionais e dos efeitos do apagão.

Notícia

© shutterstock

Lusa
06/05/2025 16:50 ‧ há 3 horas por Lusa

Economia

PIB

"Com a deterioração das perspetivas internacionais, os dados do PIB de Portugal do 1.º trimestre, somados ao apagão, reforçam a necessidade de revisão em baixa para o PIB anual, para valores inferiores a 2%", regista a nota de conjuntura referente a abril, hoje divulgada pelo Fórum para a Competitividade.

 

No mês passado, este fórum estimava um crescimento da economia para este ano entre 1,5% e 2%, após a subida de 1,9% em 2024.

Agora, e após o PIB português ter desacelerado "muito fortemente em cadeia" no primeiro trimestre, de 1,4%, para uma contração de 0,5%, os autores já admitem um crescimento abaixo de 2%. Em termos homólogos, o PIB recuou 1,2 pontos percentuais no primeiro trimestre, para 1,6%.

A revisão em baixa do teto da previsão é ainda consequência dos efeitos das tarifas aduaneiras impostas pelo Governo do Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, no início de abril.

Suspensas na generalidade dos países por 90 dias, estas tarifas contribuíram para "dois dos piores aspetos": uma deterioração das perspetivas internacionais e um claro aumento da incerteza.

Já a nível internacional, "um dos poucos aspetos positivos da atual conjuntura, embora pelas piores razões" prende-se com a previsão de que o Banco Central Europeu (BCE) possa continuar a trajetória de descida das taxas de juro.

O Fórum para a Competitividade antecipa que a incerteza política em Portugal se dissipe nas próximas semanas, embora as sondagens sugiram "uma grande dificuldade na constituição de um governo com apoio parlamentar maioritário".

Em Portugal, um dos pontos que afeta a previsão do crescimento económico é o apagão energético de dia 28 de abril.

"Admitindo uma fração reduzida de perdas não recuperáveis, teríamos uma redução do PIB do 2.º trimestre entre 0,1% e 0,2% em resultado ao apagão", assinala.

Os autores da nota apontam que o contributo da administração pública não foi afetado em termos de contas nacionais e que na agricultura e construção as perdas "terão sido limitadas".

Num cenário em que muitas das atividades "foram simplesmente adiadas" -- como na generalidade dos consumos -- e em que as empresas deverão tentar compensar a queda na produção através de horas extraordinárias ou maior rigor no funcionamento, estima-se que as maiores perdas tenham sido em alguns serviços, como a restauração.

Leia Também: "Continuamos a perspetivar um crescimento económico acima de 2%"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas