É possível recuperar o dinheiro de uma burla online? Saiba o que fazer

A DECO PROTeste esclarece que "nem todos os casos de burla online permitem responsabilizar os bancos e recuperar o dinheiro".

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Notícias ao Minuto
06/05/2025 14:19 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto

Economia

burla online

Mesmo os mais cautelosos podem ser enganados nas compras online, quando fazem pagamentos via MB Way ou por mensagens fraudulentas recebidas por WhatsApp, e-mail ou SMS. É possível recuperar o dinheiro?

 

A DECO PROTeste esclarece que "nem todos os casos de burla online permitem responsabilizar os bancos e recuperar o dinheiro", sendo que "quando não é possível provar que houve comportamento negligente, o cliente deve ser compensado". 

Quando não pode reaver o dinheiro

"Uma das táticas é a burla por MB Way, em que a vítima é convencida a fazer uma utilização errada da app para benefício do burlão. Neste tipo de burla, o próprio cliente dá os seus dados a terceiros; por isso, à partida, os bancos não se responsabilizam. De nada adianta também apelar à SIBS, entidade que gere o MB Way. Ao aceitarem as condições gerais do serviço, os utilizadores são responsáveis pela confidencialidade das informações pessoais", explica a organização. 

Ora, "o cenário é semelhante se a burla ocorre através de mensagens de WhatsApp a solicitar pagamentos ou envio de dinheiro. É o caso da mais recente burla 'olá mãe, olá pai', responsável por quase 700 denúncias num ano, segundo os dados mais recentes relativos à criminalidade".

Quanto tempo para cancelar a transferência bancária?

"Se percebeu que foi burlado no minuto a seguir a avançar com a transferência bancária, contacte de imediato o seu banco. O pedido de cancelamento da transferência pode ter custos associados, que podem atingir, dependendo do banco, algumas dezenas de euros. Mas, mesmo pagando esta comissão, não há garantia de que o valor seja devolvido", pode ler-se no site da DECO PROTeste.

Ora, "caso a transferência seja interbancária e ainda não tenha sido processada, cancelá-la é um procedimento no próprio banco. Contudo, mesmo que o valor ainda não tenha sido creditado na conta de destino, a transferência pode já ter sido processada".

Porém, "se o valor transferido já estiver creditado na conta de destino, recuperá-lo pode ser mais complicado. Trata-se de uma devolução do dinheiro, e é necessário o consentimento do titular da conta onde foi creditado para que o valor seja debitado e devolvido à conta de origem".

"No caso de transferência imediata ou efetuada por MB Way, também é necessária a autorização do titular da conta para a devolução do valor transferido", conclui.

Como recuperar o dinheiro de uma burla?

"Contacte imediatamente a instituição onde tem a conta. Se o banco não demonstrar que o cliente foi negligente, o consumidor tem o direito de ser imediatamente reembolsado, após informar o banco da operação não autorizada. Mesmo que não seja possível saber como os burlões acederam aos dados", explica a DECO PROTeste.

E mais: "Ainda que possa comunicar ao banco as operações de pagamento não autorizadas até 13 meses depois da data do débito na sua conta, deve fazê-lo logo que delas tenha conhecimento e sem atraso injustificado. Se a burla envolver o seu cartão de débito e/ou crédito, deve pedir ao banco para o cancelar o mais rápido possível".

A DECO PROTeste recomenda ainda que, "se for vítima de burla, apresente queixa às autoridades: Guarda Nacional Republicana, Polícia Judiciária, Polícia de Segurança Pública ou Ministério Público. Pode fazê-lo através do portal Sistema Queixa Eletrónica".

"A burla é crime e até a tentativa é punível com pena de prisão até três anos ou multa. Mas o procedimento criminal implica a apresentação de queixa", aponta.   

Leia Também: Remuneração do depósitos a prazo cai em março pelo 15.º mês consecutivo

 

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