O Departamento de Justiça revelou na segunda-feira, em comunicado, que a declaração de culpa da empresa é o resultado de uma investigação de anos.
O Credit Suisse Services AG aceitou pagamentos para manter contas em Singapura em nome de contribuintes dos EUA que utilizaram contas offshore, para evitar obrigações fiscais e as suas obrigações de declaração nos Estados Unidos.
A empresa tinha clientes individuais de elevado património líquido em todo o mundo e, segundo o acordo, de 01 de janeiro de 2010 a julho de 2021, conspirou com funcionários, clientes dos EUA e outros para ajudar deliberadamente estes clientes a ocultar a propriedade e o controlo dos ativos e fundos depositados no banco.
Isto permitiu que estes indivíduos escapassem às suas obrigações fiscais junto da autoridade fiscal dos Estados Unidos (IRS, Internal Revenue Service).
Entre outros atos fraudulentos, o Credit Suisse falsificou registos, processou documentos de doações fictícios e geriu mais de mil milhões de dólares em contas sem documentação de conformidade fiscal.
Ao fazê-lo, cometeu novos crimes e violou o seu acordo de confissão de culpa feito em maio de 2014 com os Estados Unidos.
O Departamento de Justiça observou que, após a fusão do UBS AG Singapore e do Credit Suisse AG Singapore, o UBS descobriu contas no Credit Suisse AG Singapore que pareciam ser contas não divulgadas nos EUA.
O UBS congelou algumas contas, divulgou voluntariamente informações sobre pessoas identificadas às autoridades policiais dos EUA e cooperou na investigação dessas contas.
A decisão de segunda-feira exige que o Credit Suisse Services AG e, por extensão, o UBS AG cooperem plenamente com as investigações em curso.
Leia Também: Família Trump já encaixou 283 milhões com venda de criptomoedas 'meme'