"As Administrações Públicas (AP) registaram, em março de 2025, um excedente de 1.592,3 milhões de euros, o que significa um aumento de 1.715,8 milhões de euros face ao período homólogo", lê-se na síntese da DGO.
Este resultado deve-se a "um crescimento da receita (9,6%) superior ao ocorrido na despesa (2,9%)", explica.
Do lado da receita, este acréscimo "reflete o desempenho da receita fiscal (11,7%) e, num segundo nível, das receitas contributiva (8,2%) e não fiscal e não contributiva (5,9%)", de acordo com a DGO.
A receita fiscal do Estado subiu para 13.562,6 milhões de euros, impulsionada pelo IRS e IRC, de acordo com a síntese de execução orçamental.
Já na despesa destacam-se os aumentos das despesas com pessoal (9%), do investimento (11%) e da aquisição de bens e serviços (3,4%).
O aumento das despesas com pessoal é justificado pelas medidas de valorização remuneratória que abrangem a generalidade dos trabalhadores em funções públicas, sendo de destacar o efeito base face ao período homólogo de 2024, com a mudança da base remuneratória e a atualização do valor dos vencimentos, o aumento da remuneração mínima mensal garantida e a medida especial relativa à aceleração do desenvolvimento das carreiras.
Quanto ao segmento do investimento, este recebeu um impulso do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), nomeadamente na componente qualificações e competências.
O saldo das administrações públicas divulgado mensalmente pela DGO é em contabilidade pública, ou seja, funciona numa ótica de caixa (entradas e saídas de dinheiro), que difere da contabilidade nacional (ótica de compromisso), a que releva para as regras europeias.
[Notícia atualizada às 15h31]
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