PIB alemão cresce 0,2% no 1.º trimestre após queda nos 3 meses anteriores

A economia alemã cresceu 0,2% no primeiro trimestre em relação aos três meses anteriores, corrigidos os efeitos de preços, sazonais e de calendário, informou hoje o Departamento Federal de Estatística alemão (Destatis).

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Lusa
30/04/2025 12:19 ‧ há 3 horas por Lusa

Economia

Alemanha

No último trimestre do ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) tinha registado uma contração de 0,2% em relação aos três meses anteriores e a Alemanha fechou 2024 desencadeando o segundo ano de recessão.

 

De acordo com o Destatis, tanto o consumo privado como o investimento foram mais elevados do que no trimestre anterior.

Em termos homólogos, a economia alemã registou uma contração de 0,4% no primeiro trimestre, em dados corrigidos dos efeitos dos preços.

Excluindo os efeitos dos preços e do calendário, o PIB registou uma queda de 0,2% em termos homólogos.

Assim, a economia alemã começa o ano com um ligeiro crescimento, depois de dois anos consecutivos de recessão e um prognóstico de estagnação para 2025, de acordo com as últimas previsões do Governo alemão, que baixou as suas expectativas em 0,3 pontos em relação ao relatório anterior.

"Tivemos de rever em baixa as nossas previsões para este ano em 0,3 pontos e estimamos agora um crescimento nulo. A principal razão para isso é a política tarifária do Governo de Donald Trump nos EUA", argumentou o ministro das Finanças cessante, Robert Habeck, na semana passada.

Os cinco principais institutos económicos alemães também reviram recentemente as suas previsões em baixa, prevendo agora uma quase estagnação da economia alemã, com um crescimento de apenas 0,1%, afetada pelas tensões geopolíticas e pelo protecionismo de Trump.

Nas suas previsões do outono, ainda contavam com uma recuperação, ainda que fraca, de 0,8% em 2025.

O instituto Ifo, por seu lado, manifestou o receio de que a economia alemã volte a contrair-se já no verão.

"O endurecimento da política tarifária dos EUA antecipou as compras de bens nos Estados Unidos, o que, no primeiro trimestre, beneficiou as exportações e a produção industrial na Alemanha", afirmou Timo Wollmershäuser, diretor de investigação económica do Ifo, explicando o aumento de 0,2% do PIB.

"O aumento significativo das tarifas sobre as importações provenientes da UE, em vigor desde abril, e a ameaça de novos aumentos, pesaram, no entanto, no desenvolvimento da economia alemã", acrescentou.

"Ao mesmo tempo, as empresas industriais registaram um aumento acentuado da incerteza, o que significa que é agora mais difícil do que o habitual avaliarem a sua atividade", acrescentou.

Os riscos são colocados, em particular, pelas mudanças de política económica do Governo dos EUA, disse, enquanto as oportunidades podem surgir de decisões rápidas do futuro Governo alemão.

Leia Também: Sociais democratas alemães aprovam coligação governamental com a CDU

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