Trabalhadores da Carris aceitam alterações salariais e vão negociar horário

Os trabalhadores da Carris mandataram o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos para assinar o acordo de alteração salarial e prosseguir as negociações das horas de trabalho semanais, afastando para já nova greve, disse hoje fonte sindical.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
09/04/2025 19:35 ‧ 09/04/2025 por Lusa

Economia

Carris

"O STRUP/Fectrans foi mandatado para proceder à assinatura das alterações salariais colocadas à consideração pela empresa em resultado do processo de luta dos trabalhadores", avançou Manuel Leal, dirigente nacional do STRUP - Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal.

 

O dirigente da estrutura sindical que integra a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) falava à Lusa na sequência do plenário de trabalhadores da transportadora Carris, que decorreu na estação de Miraflores (Oeiras, distrito de Lisboa), para avaliar a resposta às reivindicações dos trabalhadores pela empresa, que disse ter esgotado "a sua capacidade negocial quanto às matérias com implicação pecuniária".

O sindicato afeto à central CGTP-IN foi também "mandatado para dar continuidade ao processo de negociações, nas próximas semanas, para a calendarização das 35 horas semanais", acrescentou Manuel Leal.

No caso de as negociações não produzirem resultados nas próximas semanas, os trabalhadores mandataram ainda o STRUP/Fectrans para a convocação de uma greve "no início de junho", mas sem indicação do dia, no sentido de viabilizar a possibilidade de um acordo com a empresa.

Apesar de aceitarem as alterações salariais apresentadas pela transportadora, Manuel Leal salientou que a maioria dos trabalhadores considerou "insuficientes" as propostas "em cima da mesa".

Em comunicado, a direção do STRUP explicou que a administração da Carris apresentou "como definitiva a proposta de 70 euros na tabela, 12 euros no subsídio de refeição, o aumento do subsídio de turnos - para 6% o de dois turnos e para 9% o de três turnos - e as alterações ao RCP [regulamento de carreiras profissionais] entrarem em vigor em 01/01/2026".

Embora concordando com "o aumento dos subsídios de turno e em termos gerais com as evoluções positivas no RCP", a Fectrans manteve "completa oposição às restantes matérias, porque estão aquém do necessário aumento real dos salários e de valorização do subsídio de refeição".

Uma vez que o conselho de administração continua a adiar a retirada da "consideração do tempo de greve para efeitos da majoração das férias, o STRUP irá no imediato, solicitar a intervenção da ACT [Autoridade para as Condições do Trabalho], para a reposição da legalidade", refere-se na nota.

A Companhia Carris de Ferro de Lisboa, fundada em 1872, presta serviço de transporte público urbano de superfície de passageiros no município de Lisboa, sendo gerida pela câmara municipal da capital.

Leia Também: Carris Metropolitana tem nova rede noturna a partir de hoje. O que muda?

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