Em comunicado hoje divulgado, o executivo comunitário salienta que este novo desembolso "reforça o papel da UE como o maior doador desde o início da guerra da Rússia contra a Ucrânia".
Ao todo, está em causa um 'bolo' de 18,1 mil milhões de euros, representando a contribuição da UE para a iniciativa de empréstimos ERA (Aceleração Extraordinária das Receitas), liderada pelo G7, que, no seu conjunto, visa conceder cerca de 45 mil milhões de euros de apoio financeiro à Ucrânia.
Com este pagamento, o total de empréstimos concedidos pela Comissão à Ucrânia ao abrigo desta assistência atinge 4 mil milhões de euros desde o início do ano, estando em curso discussões com a Ucrânia sobre o calendário dos pagamentos subsequentes.
As verbas destinam-se a apoiar as necessidades militares, orçamentais e de reconstrução, restaurando infraestruturas críticas destruídas pela Rússia (energéticas, sistemas de abastecimento de água, redes de transportes, estradas e pontes).
O anúncio foi feito no dia em que um eventual cessar-fogo parcial na Ucrânia após contactos entre os Presidentes da Rússia e dos Estados Unidos domina a reunião dos líderes da UE hoje em Bruxelas, quando o bloco comunitário aposta mais na sua defesa.
Neste Conselho Europeu dedicado ao tema da competitividade económica para financiar as necessidades de investimento em defesa e dominado pela atualidade, que começa hoje e se pode estender até sexta-feira, Portugal está representado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.
Isto quando se falam de conversações de paz, após a proposta de cessar-fogo norte-americana, e no qual a UE entende que a Ucrânia deve estar na posição mais forte possível antes, durante e depois das negociações para pôr termo à guerra.
Até hoje, a UE concedeu 138,2 mil milhões de euros à Ucrânia, incluindo 49,3 mil milhões de euros em apoio militar e, em termos de ajuda financeira, o bloco europeu contribuirá com 30,6 mil milhões de euros para Kiev em 2025.
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