Refinaria de Cabinda arranca no 2º semestre. Angola procura investidores

O presidente da Sonangol disse esta terça-feira que a refinaria de Cabinda começa a operar no início do segundo semestre deste ano, enquanto a construção da Refinaria do Lobito avança financiada pela petrolífera estatal angolana, enquanto procura parceiros investidores.

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Lusa
25/02/2025 18:37 ‧ 25/02/2025 por Lusa

Economia

Angola

Sebastião Gaspar Martins disse que Angola têm estado a receber várias propostas, mas há necessidade de serem propostas mais concretas.

 

"O que nós estamos certos é que não queremos estar sozinhos. Estamos abertos a que haja outros parceiros que possam entrar no capital social da Refinaria do Lobito, mas enquanto este processo não estiver concretizado, a exemplo do que fizemos para o Terminal Oceânico da Barra do Dande e com os recursos que tivermos, vamos continuar com a execução do projeto", disse Sebastião Martins, quando falava em conferência de imprensa de apresentação dos resultados referentes a 2024.

O presidente da petrolífera estatal angolana referiu que as obras não estão paradas e a fase I do projeto da Refinaria do Lobito, na província de Benguela, está a ser conduzida pela Sonangol, salientando que há um conjunto de atividades com a presença de cerca de 2.000 trabalhadores.

"Estamos abertos a parceiros, mas não vamos parar à espera que apareçam para depois arrancar com o projeto", reiterou, acrescentando que as dificuldades ligadas ao financiamento impactam de alguma forma o projeto, mas não é fator para a continuidade da execução do projeto.

Sebastião Martins disse que têm trabalhado para obter propostas de financiamento "que sejam as mais credíveis possíveis" e que permitam que o projeto, além do esforço da petrolífera estatal conte com investidores e o financiamento necessário.

Por outro lado, no que diz respeito à Refinaria de Cabinda vai adicionar uma capacidade de refinação inicial de 30 mil barris por dia, quando entrar em operação no início do segundo semestre de 2025.

Relativamente às obras da Refinaria do Soyo, na província do Zaire, Sebastião Gaspar Martins disse que estão em conversações com o investidor, o consórcio liderado pela americana Quanten, que está a viver algumas dificuldades na obtenção de financiamento.

"Não temos a certeza se ainda estará a ter, mas demos um prazo para haver um pronunciamento e na altura em que ele manifestar que já não tem capacidade ou que surga com alguma solução, nós vamos levar a cabo esse projeto, porque é parte da nossa estratégia de refinação", disse.

O responsável da Sonangol disse que apesar do prazo estar praticamente expirado, a empresa pretende levar o processo "de forma bastante prudente para que do ponto de vista legal não tenha outro tipo de implicações".

 No ano passado, este assunto foi destacado pelo titular da pasta dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, ponderando a hipótese de uma rescisão do contrato.

Hoje na sua intervenção, Diamantino Azevedo disse que "há muitos que estão contra que Angola invista na refinação".

"Eu continuo a questionar (...) porque é que os outros países todos podem, investem no 'down stream' e só Angola é que não pode fazer, só em Angola é que refinarias não são rentáveis", disse o ministro.

"Decidimos fazer essas refinarias, estamos a ter dificuldades, mas estamos a trabalhar", disse o ministro, acrescentando que quem quiser de juntar ao projeto vai ter de atender às condições impostas.

Diamantino Azevedo disse que Angola vai continuar a desenvolver os seus projetos de acordo com as capacidades financeiras da Sonangol, enquanto não surgem parcerias, "porque é um projeto estratégico, rentável, para o país".

Leia Também: Volume de negócios da Sonangol atingiu mais de 10 mil milhões em 2024

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