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AMT recomenda auditoria externa ao plano de investimento na ferrovia

A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) recomenda a realização de uma auditoria externa aos processos utilizados na execução dos empreendimentos do Plano Ferrovia 2020, segundo um relatório publicado hoje.

AMT recomenda auditoria externa ao plano de investimento na ferrovia

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Lusa
08/01/2025 18:44 ‧ há 7 meses por Lusa

Economia

AMT

Em causa está o atraso em seis anos e nove meses da conclusão do plano face ao calendário inicial apresentado em 2016.

 

No relatório de monitorização da execução dos investimentos na ferrovia, a AMT sugere que a IP - Infraestruturas de Portugal tenha em conta alguns critérios na gestão dos projetos como um planeamento detalhado, consultoria especializada ou, por exemplo, "a seleção cuidadosa de fornecedores e empreiteiros com base em sua experiência, reputação e capacidade de cumprir os prazos e requisitos do projeto".

"A par dos aspetos referidos no ponto anterior, recomenda-se ainda a realização de uma auditoria externa, com a intervenção de entidade especializada no domínio das obras públicas aos processos de planeamento, concursais, execução, fiscalização e sancionamento dos incumprimentos, utilizados na execução dos empreendimentos", refere a entidade liderada por Ana Paula Vitorino no documento no âmbito da monitorização aos investimentos realizados na infraestrutura ferroviária até ao final do ano de 2023.

A AMT explica que o objetivo desta auditoria passa por "identificar debilidades e recomendar melhorias nos processos utilizados, bem como medidas corretivas e preventivas para a ocorrência de atrasos, em particular nos programas de investimento que se encontram na sua fase inicial, sem prejuízo da consideração de fatores externos e de conjuntura que impactem em procedimentos de contratação pública", lê-se no documento.

Estas sugestões pretendem mitigar os atrasos já estimados pela IP e que segundo a gestora podem vir a agravar-se.

No mesmo relatório a AMT adianta que "a empresa identificou ainda um conjunto alargado de riscos para a totalidade dos corredores, que podem comprometer as novas datas finais estimadas, nomeadamente: dificuldades dos projetistas e empreiteiros; publicação oportuna das autorizações de despesa e eventual degradação do quadro macroeconómico".

Comparando a calendarização base definida em fevereiro de 2016 com o novo cronograma apresentado pela IP em maio de 2024, a entidade reguladora destaca, entre os desvios, o atraso de sete anos do corredor Internacional Norte, onde se insere a Linha da Beira Alta; de quatro anos e três meses do Internacional Sul e de oito anos e três meses do corredor Norte-Sul.

Além destes, também os corredores complementares - que incluem a modernização das linhas do Douro, Oeste, Cascais e Algarve - contam já com um desvio de seis anos e nove meses.

A globalidade da conclusão do Plano Ferrovia 2020, que prevê um investimento de 2,1 mil milhões de euros na modernização da rede ferroviária nacional, é de seis anos e nove meses. Os investimentos têm ainda como objetivo potenciar as ligações internacionais, promover a ligação entre o litoral e o interior, e a ligação deste último ao mercado ibérico.

No final do ano passado, estava executado 66% do total do investimento previsto do Plano Ferrovia 2020, o que traduz um montante de 1.414,6 milhões de euros. Mas a AMT prevê que em 2024 "ocorra um pico de investimento atribuível ao Plano Ferrovia 2020, que agora se estima que termine em 2027, e que terá uma comparticipação financeira da União Europeia de cerca de 46%.

No total, decorridos nove anos desde o arranque do plano, de 2015 a 2023, a taxa de execução do investimento é de 43%, segundo o relatório que tem por base a informação disponibilizada pela IP - Infraestruturas de Portugal.

Leia Também: Retomada circulação na Linha do Minho entre Darque e Valença

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