TAP espera lucro em ano "positivo" mas com "enormes desafios"

O presidente da TAP, Luís Rodrigues, disse hoje esperar que a companhia registe lucros em 2024, considerando que o ano foi "extremamente positivo" mas com "enormes desafios", que vão persistir em 2025, como a instabilidade geopolítica e meteorológica.

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© Leonardo Negrão / Global Images

Lusa
05/12/2024 17:17 ‧ 05/12/2024 por Lusa

Economia

Luís Rodrigues

"A TAP registou resultados positivos em 2022 e 2023 e tudo indica que vai registar resultados positivos em 2024", afirmou Luís Rodrigues aos jornalistas, à margem do tradicional almoço de Natal com a comunicação social, em Lisboa.

 

O responsável da transportadora aérea considerou que 2024 foi "extremamente positivo", mas com "enormes desafios", com os quais a companhia vai ter de continuar a lidar, elencando a instabilidade geopolítica, a instabilidade meteorológica, a pressão regulatória, a sustentabilidade, a gestão do espaço aéreo e a falta de mão de obra qualificada.

"Acho que não é errado dizer que, desde a Segunda Guerra Mundial, nunca enfrentámos um momento, um ciclo da história do mundo ocidental, ou do mundo na generalidade, onde tivéssemos tantos conflitos armados severos como agora", apontou.

O presidente da TAP justifica os prováveis resultados positivos com a melhoria da operação, "tripulações totalmente preparadas para trabalhar", menos irregularidades, menos aluguer de aviões e mais turismo.

Quanto à privatização, que o Governo já tornou público que quer concluir no próximo ano, Luís Rodrigues sublinhou a preocupação manifestada pelo executivo em "manter as características positivas da companhia", assegurando que elas são executadas no caderno de encargos da operação.

Questionado sobre o processo de reestruturação implementado na sequência da intervenção pública na companhia aérea, na altura da pandemia de covid-19, e o que falta para estar concluído, o responsável respondeu que "em aviação, no geral, e na TAP em particular, a reestruturação nunca está concluída".

"Nós nunca podemos perder de vista a pressão sobre os custos, porque estão sempre a aumentar, e nunca podemos perder de vista a oportunidade de gerar mais receitas", acrescentou.

Quanto ao desafio da sustentabilidade, Luís Rodrigues admitiu que está a ser ponderada a aplicação de uma taxa ambiental nos preços aos clientes, para refletir os custos da incorporação obrigatória de 2% de combustível sustentável em 2025.

"Já houve algumas companhias na Europa que já anunciaram que iam ter de fazer isso, refletir nos preços, é difícil que não seja assim, a questão é sempre o montante", explicou, garantindo que os voos em território nacional estarão isentos desta eventual taxa.

Luís Rodrigues adiantou ainda que está a ser preparado um plano para criar um polo de manutenção, com o objetivo de quadruplicar o valor das vendas anuais desta área de negócio, para 1.000 milhões de euros.

"É um projeto que queremos deixar para os potenciais compradores como uma grande oportunidade que obviamente vai ser valorizada pela companhia e pelo seu acionista, refletindo-se nas condições nas quais a privatização poderá vir a ser feita", realçou.

Leia Também: TAP retoma voos para estado brasileiro do Amazonas

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