Deste montante, 293.569 milhões de euros deveram-se a catástrofes naturais e 10.417 mil milhões de euros a catástrofes provocadas pelo homem e, em comparação com a média dos últimos 10 anos, as perdas económicas registadas foram 26% superiores.
Dos prejuízos económicos causados, apenas 136.368 milhões de euros foram segurados, o que representa um aumento de 15,2% em relação ao ano anterior e de 33,3% em relação à década anterior.
"Pelo quinto ano consecutivo, as perdas seguradas resultantes de catástrofes naturais ultrapassam a marca dos 100.000 milhões de dólares [94.700 milhões de euros]", explicou Balz Grollimund, diretor de catástrofes da seguradora Swiss Re.
"Grande parte deste peso crescente das perdas deve-se à concentração de valor nas zonas urbanas, ao crescimento económico e ao aumento dos custos de reconstrução. Ao promover as condições que conduziram a muitas das catástrofes deste ano, as alterações climáticas estão também a desempenhar um papel cada vez mais importante. O investimento em medidas de atenuação e adaptação deve, por conseguinte, tornar-se uma prioridade", acrescentou o direto.
O relatório refere, em particular, que a Europa sofreu "inundações intensas" em 2024, resultando nas segundas maiores perdas seguradas de inundações da história da região.
A Swiss Re mencionou a tempestade "Boris" que atingiu o centro do continente e o DANA de Valência como eventos de grande impacto.
Por outro lado, os Estados Unidos foram afetados por dois grandes furacões, nomeadamente o 'Milton' e o 'Helene', e por uma elevada frequência de tempestades destrutivas, que foram responsáveis por pelo menos dois terços das perdas seguradas do ano.
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