Dívida externa líquida cai para 46,1% do PIB, mínimo desde 2005

A dívida externa líquida portuguesa recuou para 46,1% do PIB no terceiro trimestre deste ano, o valor mais baixo desde o primeiro trimestre de 2005, somando 128.772 milhões de euros, anunciou hoje o Banco de Portugal (BdP).

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© Zed Jameson/Bloomberg via Getty Images

Lusa
19/11/2024 14:10 ‧ 19/11/2024 por Lusa

Economia

BdP

Correspondente aos passivos líquidos do país perante o exterior, excluindo os instrumentos de capital, ouro em barra e derivados financeiros, a dívida externa líquida, "reduziu-se de 53,0% do PIB (141,7 mil milhões de euros), no final de 2023, para 46,1% do PIB (128,8 mil milhões de euros), no terceiro trimestre de 2024", refere o BdP.

 

Numa nota hoje divulgada, o BdP acrescenta que a Posição de Investimento Internacional (PII) de Portugal apresentou, no terceiro trimestre, o seu rácio menos negativo desde o primeiro trimestre de 2004.

No período em análise, a PII continuou negativa, mas aligeirou-se para 62,7% do PIB, contra -65,5% no trimestre anterior e -74,6% um ano antes.

Em termos nominais, tal estima a posição de investimento internacional em cerca de -175,3 mil milhões de euros, face a -193,4 mil milhões de euros no final de 2023.

A variação da PII, segundo a instituição liderada por Mário Centeno, resultou de vários fatores, destacando-se variações de preços positivas, valorizações de ativos líquidos e variações cambiais.

A variação positiva dos ativos líquidos no exterior contribuiu com 8.182 milhões de euros, enquanto as variações de preço representaram 10.420 milhões de euros e outros ajustamentos 371 milhões de euros.

Em sentido inverso, as variações cambiais negativas representaram agravamentos de 860 milhões de euros, essencialmente devido da depreciação dos ativos denominados em dólares americanos (cerca de menos 500 milhões de euros).

No caso das variações de preço positivas, estas refletem valorizações do ouro monetário (6,1 mil milhões de euros) e dos títulos de capital e de dívida (3,5 e 1,0 mil milhões de euros).

O banco central acrescenta que da redução de 9,6 pontos percentuais no rácio negativo da PII no PIB, 6,5 pontos resultaram da variação nominal da PII e 3,1 pontos do crescimento do PIB.

Leia Também: Excedente externo da economia até setembro sobe 74,5% para 8.180 milhões

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