Ministro da Economia rejeita contradição com Finanças sobre turismo

O ministro da Economia rejeitou hoje estar de costas voltadas com o das Finanças, que defendeu a redução da importância do turismo no PIB, e que interpreta as afirmações no sentido de os outros setores ganharem dimensão.

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© Pedro Correia / Global Imagens

Lusa
14/11/2024 21:27 ‧ há 4 semanas por Lusa

Economia

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"Em relação ao senhor ministro da Finanças, se estamos de costas voltadas? Não, não, estamos lado a lado. Eu interpreto essas declarações como, e acompanho, no sentido que é preciso e era bom e é saudável que os outros setores ganhem dimensão", afirmou o ministro da Economia, Pedro Reis, que foi hoje ouvido no parlamento durante mais de cinco horas e meia, no âmbito da discussão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2025.

 

O governante respondia a questões do deputado do PS João Torres, que disse haver uma contradição entre as afirmações do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e as do secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado.

O ministro das Finanças defendeu hoje que é necessário "reduzir a importância" do turismo no PIB e nas exportações, e o secretário de Estado tinha dito, em julho, esperar que em 2033 o turismo possa representar 20% do PIB, arrecadando mais de 56 mil milhões de euros de receitas e empregando mais de 1,2 milhões de pessoas.

"Não há economia sustentável sem indústria, é impensável, é a coluna vertebral de uma economia, mas não tem de ser à custa de colocar uma mão em cima do crescimento virtuoso que o turismo consegue fazer, é mesmo estimular os outros setores", vincou Pedro Reis.

O secretário de Estado do turismo também rejeitou qualquer contradição entre membros do Governo.

"Agora, há ambição, Portugal tem ambição, como é evidente, mal seria se não tivesse, [...] mal seria se não aproveitássemos essa ambição em prol desta indústria que é a do turismo", afirmou Pedro Machado.

O secretário de Estado disse também querer "desmistificar a ideia que o turismo é um setor que está contra os outros setores" e classificou de "mito urbano" que o turismo seja um setor de baixos salários e poucas qualificações.

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