O órgão responsável pelas estatísticas do Governo brasileiro informou que de janeiro a outubro os preços subiram 3,88%.
De acordo com o IBGE, o crescimento dos preços registado em outubro foi impulsionado principalmente pelo aumento da energia elétrica residencial (4,74%) e pelo aumento do preço das carnes (5,81%).
Em termos de impacto no índice geral de outubro, tanto Habitação quanto Alimentação e Bebidas exerceram influência de 0,23 pontos percentuais no índice geral, sendo que, entre os subitens, a energia elétrica residencial foi o que mais pressionou o resultado, com 0,20 pontos percentuais de impacto.
O aumento dos preços dos alimentos, incluindo as carnes, reflete a grave seca que o Brasil enfrenta, a maior em quase oito décadas, e que afetou a produção agrícola em grande parte do país.
"O aumento de preço das carnes pode ser explicado por uma menor oferta desses produtos, por conta do clima seco e uma menor quantidade de animais abatidos, e um elevado volume de exportações", explicou André Almeira, gerente do IBGE.
Depois de ter registado crescimento de 4,62% em 2023, a inflação no Brasil, segundo as últimas projeções dos economistas, deve terminar este ano em 4,6%, acima do teto da meta, de 3% com margem de 1,5 pontos percentuais para cima ou para baixo.
A subida dos preços nos últimos meses obrigou o Banco Central brasileiro a interromper o processo de redução gradual das taxas de juro que vinha promovendo e que era defendido pelo Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
Esta semana, o órgão emissor brasileiro aumentou a taxa básica de juros do país em 0,5 pontos percentuais e fixou a taxa em 11,25% ao ano, o nível mais alto desde dezembro de 2023, a fim de evitar que a inflação fique fora de controlo.
Apesar do aumento do custo do dinheiro, o Governo prevê que a economia brasileira cresça 3,3% em 2024, contra 2,9% em 2023.
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