O índice de referência da Bolsa de Valores de Hong Kong, o Hang Seng, fechou com perdas de 2,23%, com especial incidência para a tecnologia - um dos setores mais afetados pelo deteriorar das relações entre Pequim e Washington - cujo índice perdeu 2,54%.
E, apesar de ambas terem chegado a meio da sessão em terreno positivo, as duas principais bolsas da China continental, Xangai e Shenzhen, acabaram por fechar com quedas de 0,09% e 0,35%, respetivamente.
O índice CSI 300, que mede o desempenho das 300 principais ações destes dois mercados, caiu 0,5% no encerramento das negociações.
Os principais órgãos norte-americanos consideram praticamente certa a vitória de Trump, que já acumulou 267 delegados no colégio eleitoral contra os 224 da sua rival e atual vice-presidente, a democrata Kamala Harris. O adversário que atingir 270 vence as eleições.
Embora a China esteja a acompanhar de perto as eleições, os analistas acreditam que o sentimento em Pequim é que, seja quem for o vencedor, Washington manterá uma política de "contenção" em relação ao país asiático, com novas restrições tecnológicas e comerciais.
Alguns especialistas sublinharam também que, caso Trump regresse à Casa Branca, a dimensão do pacote de estímulo fiscal que está a ser negociado pelos legisladores chineses esta semana poderá ser até 20% maior do que se Harris ganhar.
O ex-presidente, que iniciou uma guerra comercial contra a China em 2018, prometeu impor taxas alfandegárias de 60% sobre as importações do país asiático.
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