Banqueiros consideram descida de impostos um bom sinal inicial

Presidentes dos principais bancos consideraram hoje, na conferência Money Summit, que os bancos não têm lucros excessivos e que a descida de impostos no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) é um "bom sinal" inicial.

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© Reuters

Lusa
05/11/2024 13:30 ‧ 05/11/2024 por Lusa

Economia

OE2025

Para o presidente do Santander Totta, Pedro Castro e Almeida, há três bons sinais na proposta do Orçamento do Estado para 2025: a baixa no IRC (imposto sobre lucros das empresas), do IRS (imposto sobre rendimentos) dos jovens e as contas públicas equilibradas.

 

Para o presidente da CGD, Paulo Macedo, é importante o "sinal para as empresas" na parte fiscal, considerando que a redução da carga fiscal somada à das taxas de juro beneficia as empresas e por essa via também as famílias, que ficarão com mais rendimento disponível.

Para o presidente do BPI, "o Orçamento de Estado é o possível, com a margem que é possível de um Governo minoritário".

Já para o presidente do BCP, Miguel Maya, não havendo outro Orçamento, este é o melhor mas também disse que terá de se esperar pelo final do ano "para ver o que é que fizeram com o Orçamento".

Ainda na conferência Money Summit, em Lisboa, os banqueiros recusaram novamente a ideia dos lucros excessivos, pois os lucros devem ser avaliados por ciclos longos (não no imediato) e dependem também dos capitais investidos.

Para o presidente do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, o tema dos lucros "cai muito bem em alguns extremos" políticos e que os usam para criar estigmas considerando que usar este tema é mais uma forma de criar desunião entre a população.

"Queremos uma sociedade de união ou de desunião? Quem fala de lucros excessivos não contribui para isso. Já toda a gente percebeu não há lucros excessivos", afirmou.

O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, disse que a o banco público paga em média por dia mais de 4,5 milhões de euros ao Estado, entre dividendos e IRC.

A proposta do Orçamento do Estado para 2025 foi aprovada na generalidade (com votos favoráveis de PSD e CDS-PP e abstenção de PS) e segue agora a discussão na especialidade. Está aí prevista uma redução da taxa nominal de IRC de 21% para 20% e descida do IRC para jovens 35 anos.

A votação final global do Orçamento está prevista para 29 de novembro, após discussão na especialidade.

Leia Também: EDP/CMEC. Paulo Macedo e José Maria Ricciardi chamados a testemunhar

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