Digi 'revoluciona' telecomunicações com preços a partir de 4 euros/mês

A empresa assegurou que os preços "não mudam anualmente com a inflação". Fique a par.

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Notícias ao Minuto com Lusa
05/11/2024 08:18 ‧ 05/11/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia

Digi

A operadora de telecomunicações de origem romena Digi introduziu-se no mercado nacional na segunda-feira, oferecendo "preços competitivos e acessíveis desde o primeiro dia".

 

A empresa apresenta um "contrato mínimo de três meses para Internet de banda larga e nenhum [período de fidelização] para outros serviços", dando possibilidade ao consumidor de escolher a forma como combina oferta, de acordo com o administrador Valenti Popoviciu.

Os responsáveis adiantaram também ter uma cobertura de 93% com 2G e 4G, além de 40% com 5G nas áreas urbanas. Além disso, a Digi inicia a operação comercial em Portugal com ofertas para clientes residenciais, sendo que as ofertas empresariais virão mais tarde.

É que, segundo Valentin Popoviciu, o desenvolvimento da rede da Digi "encontrou várias barreiras para entrar no mercado" português, nomeadamente na instalação do metro de Lisboa e em túneis, cujas aprovações não foram dadas, estando há um ano à espera disso.

"Criar barreiras artificiais no mercado não é bom", sublinhou, referindo que "a Digi ainda está à espera da 'luz verde' para implementar a primeira estação".

Por sua vez, Emil Grecu, presidente executivo (CEO) da Digi Portugal, disse que os serviços de televisão estão disponíveis desde o primeiro dia da oferta da marca, embora "alguns canais de desporto ainda não estejam disponíveis" nos conteúdos oferecidos.

O responsável detalhou que existem "negociações irrazoáveis" com os donos dos direitos, mas espera "ter conteúdos desportivos assim que possível". De facto, um dos administradores adiantou que o acordo com a SIC ainda não está fechado, mas que espera que se concretize nas próximas semanas.

Mas, afinal, que preços praticam?

A empresa adiantou que os preços "não mudam anualmente com a inflação" e os serviços, disponíveis desde o primeiro dia, são Internet de banda larga fixa a 1 Gbps, acesso à televisão para mais de 60 canais, telemóvel com 4G e 5G e "muito tráfego de dados".

No que diz respeito ao serviço móvel, os preços vão dos 4€ aos 9€ por mês com tráfego de 50 a 200 Gigabytes (GB). Há também a possibilidade de ter tráfego ilimitado, com preço decrescente entre os 5€ e os 7€ euros se adicionar mais números de telemóvel ao pacote.

O pacote de televisão, que conta com 60 canais, tem um custo de 12€ mensais.

O telefone fixo, por seu turno, custa 1€ ou 2€ euros por mês, dependendo do tarifário escolhido.

Quanto à Internet de fibra ótica, o preço é de 10€ por mês para o acesso a 1GB por segundo (Gbps). Ainda assim, poderá aderir ao pacote de 10Gbps por 15€ mensais.

Saliente-se ainda que, no que toca aos pacotes com mais do que um serviço, poderá contratar, por exemplo, 1GB de fibra ótica com 50GG de chamadas ilimitadas e mais de 60 canais de televisão por 26€ mensais.

Poderá consultar mais informações no site da Digi, que ficou ativo esta terça-feira.

NOS acusa Digi de “opacidade”. Empresa responde: "O que interessa é o que fazemos pelos consumidores"

O presidente executivo da NOS, Miguel Almeida, teceu duras críticas à nova operadora, tendo considerado que a “opacidade” é a sua “melhor característica”.

“Não conheço a oferta comercial do novo operador, mas conheço a história do Pedro e do Lobo. Está para entrar há tanto tempo que já não sei se é verdade. […] Estamos a falar de uma entidade que a melhor característica que tem é a opacidade. Portanto, eu não tenho informação”, disse, em declarações ao Jornal de Negócios.

O responsável foi mais longe, argumentando que “a entrada desse ‘player’ tem consequências terríveis para o país a médio e longo prazo porque vai pôr em causa o investimento sustentável do setor”.

“Se é verdade que nas tecnologias atuais Portugal é líder na Europa, eu posso garantir que nas tecnologias do futuro estaremos na cauda porque não haverá condições de investir”, disse.

Confrontado com estas declarações, Valentin Popoviciu admitiu que prefere "não comentar o que os concorrentes dizem", ainda que tenha salientando que "o que interessa é o que fazemos pelos consumidores".

"Dá para ver pelo que apresentamos hoje se há opacidade ou não", disse.

No total, a empresa já fez um investimento de 400 milhões de euros em Portugal, incluindo a compra da Nowo, contando “já com mais de 800 empregos".

A Digi Portugal é uma empresa de direito nacional que faz parte do Grupo Digi, com sede social nos Países Baixos e sede de gestão efetiva na Roménia, ativa no setor das telecomunicações na Roménia, Espanha e Itália, sob a marca Digi.

A operadora é detentora de direitos de utilização de um total de 95 MHz de espectro radioelétrico e de rede de fibra ótica em fase de instalação em vários pontos do país.

[Notícia atualizada às 09h29]

Leia Também: 'Roaming' nacional "já não é crítico", diz administrador da Digi Portugal

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