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Economia espanhola cresce 3,4%, um máximo do último ano e meio

O Produto Interno Bruto (PIB) de Espanha avançou 3,4% no terceiro trimestre, mais duas décimas do que no segundo trimestre e a taxa mais elevada do último ano e meio, foi hoje anunciado.

Economia espanhola cresce 3,4%, um máximo do último ano e meio
Notícias ao Minuto

08:49 - 30/10/24 por Lusa

Economia Espanha

Em cadeia, a economia espanhola cresceu 0,8% no terceiro trimestre do ano, o mesmo que no trimestre anterior, graças, sobretudo, à despesa pública, que avançou a um ritmo trimestral de 2,2%, uma taxa superior em 1,6 pontos à do trimestre anterior, e ao consumo das famílias, que aumentou 1,1%, mais uma décima, segundo os dados antecipados das Contas Nacionais publicados na quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

 

Esta taxa, idêntica à do segundo trimestre, é superior às previsões do Banco de Espanha, que esperava um crescimento de 0,6% e confirma a boa saúde da quarta maior economia da zona euro, ao contrário da maioria dos seus vizinhos europeus.

De acordo com o INE espanhol, este facto deve-se à força das exportações, que aumentaram 0,9%, depois de já terem subido 0,7% no segundo trimestre, mas também ao forte consumo das famílias (+1,1%), num contexto de abrandamento da inflação.

Esta dinâmica refletiu-se no bom desempenho do setor dos serviços, onde a atividade aumentou 1,1%, num contexto de um número recorde de turistas, com 21,8 milhões de visitantes estrangeiros recebidos entre julho e agosto.

O setor agrícola (+0,5%) e, em menor escala, o setor industrial (+0,2%) também foram beneficiados. Por outro lado, a atividade diminuiu no setor da construção (-1,4%), após três trimestres consecutivos de crescimento, segundo o INE.

Os resultados do terceiro trimestre colocam Espanha numa posição favorável para atingir o objetivo de crescimento anual de 2,7% fixado pelo Governo - uma previsão que foi revista em alta em 0,3 pontos em setembro.

Este objetivo está abaixo das expectativas do Banco de Espanha e da OCDE, que apostam num crescimento de 2,9%, e também do FMI, que reviu em alta a sua projeção em 0,5 pontos para 2,9% em meados de outubro.

De acordo com o Banco Central Europeu, este valor é muito superior ao previsto para a zona euro, onde o crescimento deverá ficar pelos 0,8%, devido sobretudo às dificuldades da economia alemã.

Na semana passada, o primeiro-ministro Pedro Sánchez felicitou a Espanha por "um momento extraordinário", insistindo, num fórum económico, que o país estava "à frente de todos os países desenvolvidos".

Esta mensagem foi repetida pelo seu ministro da Economia, Carlos Cuerpo, que afirmou que Espanha será "um dos principais motores de crescimento da zona euro este ano", graças ao turismo e ao dinamismo das exportações.

O INE espanhol reviu em alta de uma décima de ponto percentual o crescimento homólogo do segundo trimestre para 3,2%.

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