Juros da dívida dos EUA sobem para máximo desde julho

Os juros da dívida dos Estados Unidos a dez anos subiram hoje para mais de 4,3%, um novo máximo desde o início de julho.

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Lusa
29/10/2024 13:21 ‧ 29/10/2024 por Lusa

Economia

EUA

Às 12h30 em Lisboa, os juros da dívida dos EUA a 10 anos estavam a subir para 4,317%, contra 4,283% na segunda-feira, segundo dados da Bloomberg.

 

Apesar da subida, os juros estão longe do valor de 4,7% que ultrapassaram em março passado.

Analistas do Julius Baer citados pela Efe atribuem a subida das 'yields' das obrigações ao facto de a economia norte-americana ter voltado a surpreender pela positiva e de Donald Trump, o candidato republicano às eleições presidenciais, "estar a ganhar força".

Explicam que, nas últimas semanas, as 'yields' das obrigações continuaram a subir, "desafiando" as expectativas de alguns observadores do mercado, que esperavam que caíssem em resposta à primeira descida das taxas de juro da Reserva Federal norte-americana (Fed), em setembro.

No entanto, para os mesmos analistas, ao contrário de ciclos anteriores de corte de taxas, a economia norte-americana ainda parece resiliente, "tornando cada vez mais provável uma aterragem suave".

Por outro lado, salientam, com Trump "a ganhar força", os participantes no mercado "estão cada vez mais preocupados com as possíveis implicações para a situação fiscal do país".

Outros analistas, da eToro também citados pela Efe, dizem que o mercado de renda fixa dos EUA enfrenta um período crítico nas próximas duas semanas, que provavelmente definirá o tom para o resto do ano.

"Os principais eventos começam com o anúncio do Tesouro sobre as próximas vendas de dívida e dados mensais de folha de pagamento, que indicarão se a economia está a desacelerar o suficiente para justificar novos cortes nas taxas da Fed", afirmam, acrescentando que na próxima semana, o foco estará na eleição presidencial de 05 de novembro e, dois dias depois, na reunião de política monetária da Fed.

A equipa da eToro diz que os preços das obrigações do Tesouro foram atingidos por uma forte venda, uma vez que a resiliência económica lança dúvidas sobre novos cortes nas taxas, e adverte que, se Trump ganhar a presidência, os rendimentos podem subir, uma vez que o mercado antecipa "uma inflação mais elevada devido a possíveis cortes de impostos e tarifas".

Leia Também: Juros da dívida de Portugal sobem a dois, a cinco e a 10 anos

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