Orçamento para 2025 tem "sinais positivos" mas falta-lhe ambição

A proposta do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) tem "sinais positivos", mas falta-lhe ambição, considera o presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), Luís Miguel Ribeiro, adiantando que se absteria, se tivesse de a votar.

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© Associação Empresarial de Portugal

Lusa
20/10/2024 11:17 ‧ 20/10/2024 por Lusa

Economia

AEP

Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios para o programa Conversa Capital, Luís Miguel Ribeiro classifica como "responsável" a atitude do PS, em se abster na votação na generalidade e final global, abrindo assim caminho à viabilização do OE2025.

 

Embora reconheça que o OE2025 tem alguns "sinais positivos" no sentido da valorização do papel das empresas e do reforço do rendimento das famílias, o presidente da AEP considera que é um documento "sem ambição" pelo que o sentido de voto que lhe daria seria de "abstenção".

A AEP, diz ainda, irá insistir na defesa das suas propostas junto do Governo e dos partidos, aproveitando o período de discussão na especialidade do OE2025, durante o qual os partidos podem apresentar propostas de alteração.

Neste contexto, destaca a necessidade de redução do IRC para 15% ou a alteração das regras para que as empresas possam efetivamente pagar prémios de desempenho.

Apesar de louvar a atitude do PS face à proposta orçamental pela previsibilidade que dá, Luís Miguel Ribeiro sublinha que é necessário fazer mais, nomeadamente que os dois maiores partidos assumam "compromissos de curto, médio prazo para que essa previsibilidade fosse uma realidade".

Questionado sobre a privatização da TAP, afirma ser favorável a uma venda da totalidade do capital da transportadora aérea, tendo em conta que "há companhias aéreas com 'kow-how' e estrutura que podem pôr a TAP a cumprir a sua missão".

Sobre a continuidade da Exponor na AEP, garante que o processo de venda do ativo não está fechado, que as negociações decorrem e que a AEP ficará com a exploração e, eventualmente, com a propriedade da Exponor.

"O modelo ainda está em aberto e veremos qual a melhor solução, mas estamos ativamente no processo e o parque de exposição da Exponor continuará a ser um ativo da AEP e do país. Isso podemos assegurar que sim. A forma e o modelo, isso veremos quando o processo ficar concluído", afirma.

Leia Também: Subida de insolvências e 'lay-off' é já uma realidade, alerta AEP

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