De acordo com a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), que cita dados da consultora independente Gfk, entre julho e setembro deste ano, foram vendidos mais de 3,492 milhões de livros (3.492.301) livros, ou seja, mais 3,7% do que no mesmo período do ano passado.
Este número de vendas traduziu-se num encaixe financeiro de mais de 50 milhões de euros (50.132.866), o que representa mais 7,9% em comparação com os mesmos três meses em 2023.
Ainda segundo a consultora, que faz auditoria e contagem das vendas de livros ao longo do ano, o preço médio dos livros aumentou 4,1% para os 14,36 euros.
Só nestes três meses foram lançados 2.535 livros novos (27,5 livros por dia, em média), ou seja, mais 395 do que no mesmo período do ano passado.
No que respeita aos pontos de venda, a grande maioria foi escoada pelas livrarias, 70,6%, ao passo que os hipermercados venderam os restantes 29,4%.
Em termos de valores de vendas, reflete-se a repartição: 79,2% do total arrecadado foi para as livrarias, enquanto os hipermercados ficaram com 20,8%.
O segmento mais vendido foi o da ficção (35,7%), seguido pelo infantojuvenil (31,1%), pela não ficção (30,4%) e pelas publicações de campanhas (2,9%).
Em termos de valores financeiros arrecadados, não seguem a mesma ordem, devido às diferenças de preços, ou seja, a ficção foi o género que arrecadou mais dinheiro (41,2% do total), com os livros a custarem em média 16,57 euros, ao passo que em termos de valor é a não-ficção que surge em segundo lugar, com o preço médio de livros nos 15,71 euros (o que permitiu encaixar 30,4% do total).
O infantojuvenil permitiu um encaixe financeiro de 24,7% do total, com os livros a custarem uma média de 11,42 euros, e as publicações de campanha, com um preço médio de 4,23 euros, completam o valor total da receita, com 2,9%.
Os dados da Gfk para este ano, desde janeiro a setembro, confirmam o crescimento do setor, com mais de nove milhões (9.439.315) de livros vendidos em nove meses e uma variação de mais 6% de unidades vendidas do que no período homólogo.
Em termos de valores, foram encaixados mais de 135 milhões de euros (135.327.462), o que representa mais 9,1% do que nos mesmos meses de 2023.
Entre janeiro e setembro o preço médio do livro fixou-se em 14,34 euros (2,9% mais caro do que no ano anterior), e ao todo foram lançados no mercado 9.639 novos livros (mais de 35 livros por dia, em média).
Neste período, o infantojuvenil e a ficção foram os que mais venderam (33,6% e 33,5%, respetivamente), embora a ficção tenha conseguido receitas na ordem dos 38,6% do total, devido ao preço médio do livro (16,52 euros), e o infantojuvenil tenha angariado 26,2%, por os livros serem mais baratos (11,19 euros em média).
A venda de livros de não-ficção, durante os primeiros nove meses deste ano, situou-se nos 29,5% e arrecadou 34,2% do valor total (com um preço médio do livro de 16,60 euros), ao passo que a percentagem de unidades vendidas de livros de campanhas e exclusivos foi de 3,4%, representando 1% das receitas (com 4,11 euros de preço médio por livro).
Mais uma vez se verifica, ao longo do ano, a superioridade das livrarias em termos de livros vendidos, quer em unidades (70,8%), quem em valor (79,6%), comparativamente aos hipermercados (29,2% das unidades vendidas e 20,4% do valor).
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