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"Crise do BES põe em risco a própria República"

O antigo ministro das Finanças de Cavaco Silva, Miguel Cadilhe, tira a temperatura, em entrevista ao Diário Económico publicada esta quinta-feira, os últimos acontecimentos que fizeram ?ferver? a economia nacional, declarando-se ?chocadíssimo? com o colapso do BES. O economista salienta, a este propósito, que ?Portugal está de luto? e que tanto o regime como ?a própria República? estão ?em risco?.

"Crise do BES põe em risco a própria República"
Notícias ao Minuto

09:00 - 21/08/14 por Notícias Ao Minuto

Economia Miguel Cadilhe

“Pior do que surpreendido, fiquei chocadíssimo”. A afirmação pertence ao antigo ministro das Finanças do Governo encabeçado por Cavaco Silva, Miguel Cadilhe, e reporta ao colapso do BES. Manifestando-se ainda “tristíssimo com este caso”, em entrevista ao Diário Económico o economista realça que “Portugal está de luto com isto. A elite portuguesa política, empresarial e institucional está toda posta em causa”.

Cadilhe vai mais longe nesta avaliação e alerta mesmo para o facto de a crise protagonizada pela família Espírito Santo não só “é grave do ponto de vista dos riscos para o regime”, como “põe em risco a República”.

“É um risco que põe em causa o regime e a estrutura da República, as instituições da República”, insiste o antigo governante.

Recuando três anos, Cadilhe considera que “quando abrimos as portas à troika, foi um falhanço histórico dos mais graves que Portugal sofreu”, imputando responsabilidades a todas as instituições. “Foi um falhanço institucional. Estávamos a assumir o erro das instituições, que durante anos falharam. O resultado foi o colapso das finanças públicas”, concretiza.

E as críticas são transversais. Do Governo ao Parlamento, passando pelo Tribunal de Contas e Banco de Portugal, Cadilhe não isenta tão pouco aquele que foi chefe do Executivo que integrou e que hoje é Presidente da República, entendendo que Cavaco Silva tinha o dever de alerta face ao que então estava a passar-se no País.

Questionado sobre se momentos como o do descalabro que tombou o BES podem constituir uma boa oportunidade para melhorar a qualidade das instituições, o economista é categórico: “É uma péssima oportunidade, que pode ser usada para um bom fim, não obstante os custos que temos tido. Destes ninguém nos salva”, remata.

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