Segundo João Guerra, esta estratégia permite uma maior conveniência, bem como atingir regiões que têm sofrido com o encerramento das agências bancárias mais tradicionais.
"Enquanto a banca tradicional tem balcões bancários, nós trabalhamos com uma rede de agentes que tipicamente são o que nós chamamos as lojas do comércio local, uma papelaria, uma tabacaria, as lojas de bairro e que no fundo funcionam como agente da Nickel, onde a pessoa pode ir e em poucos minutos vai abre a conta e pode fazer aquilo que são as suas transações", destacou.
A Nickel conta neste momento com 30 trabalhadores em Portugal, de 850 trabalhadores distribuídos por vários países, indicou.
João Guerra lembrou que a empresa tem um investimento previsto de 10 milhões de euros em Portugal, em cinco anos, completando agora o segundo aniversário de operação no mercado nacional.
O presidente executivo da empresa não quis revelar o número atual de clientes nem a faturação da empresa.
Globalmente, nos cinco países em que opera, a empresa conta com mais de quatro milhões de clientes e pretende, até ao final de 2025, chegar aos 5,5 milhões de clientes.
A Nickel conta ainda com 11 mil pontos de venda, sendo que "podem ser utilizados por qualquer cliente" dos países em que está presente, ou seja, quem tem "uma conta em Portugal com o banco português, se for a França, Alemanha, Espanha, vai lá a uma tabacaria, a uma papelaria" e pode resolver as questões de que necessitar, explicou João Guerra.
"Nós ainda temos em Portugal cerca de 800.000 pessoas não bancarizadas", adiantou, apontando o crescente afastamento físico, "pelo menos no setor financeiro de muitas regiões".
Além disso, destacou, é um serviço importante para os imigrantes que vivem em Portugal, apontando a "inclusão financeira".
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