Digi espera lançar "em breve" serviços no mercado português
O vice-presidente executivo da Digi, Valentin Popoviciu, disse hoje que a operadora está pronta para lançar os seus serviços antes do final do prazo estabelecido pelo regulador (novembro) e que tal deve acontecer "em breve".
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Economia Digi
"[O lançamento dos serviços em Portugal] será em breve (...) temos um prazo que é o final de novembro, mas estamos prontos antes disso", adiantou Valentin Popoviciu, durante a 11.ª Conferência da Anacom, dedicada ao tema "5G em ação", que decorreu hoje em Lisboa.
Em junho, numa audição no parlamento, a presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), Sandra Maximiano, referiu que a operadora romena Digi deverá lançar os primeiros serviços até novembro, tendo, na ocasião, sinalizado a persistência de obstáculos à entrada plena da operadora romena.
À margem da conferência, e questionado sobre a oferta comercial que a operadora vai ter para o mercado português, Valentin Popoviciu não quis avançar detalhes, dizendo apenas que a estratégia comercial desenhada "será em linha" com a que a Digi tem noutros países europeus onde opera.
"Para nós é importante não apenas a qualidade do serviço mas a acessibilidade dos serviços por parte dos consumidores", referiu o responsável, salientando que os detalhes da oferta serão anunciados aquando do lançamento do serviço.
Já sobre as negociações com os outros operadores sobre o 'roaming' nacional, o vice-presidente executivo da Digi referiu que, até ao momento, não foi possível chegar a acordo pelo facto de as condições comerciais oferecidas não estarem de acordo com o seu plano de negócios.
"Continuamos abertos à negociação, porque podem sempre melhorar a oferta", disse, referindo que falaram com os três operadores do mercado português e precisando que a Digi vai acelerar a sua cobertura de rede.
Em agosto, o presidente executivo da Digi Communications já tinha admitido lançar os serviços da Digi em Portugal sem 'roaming' nacional, perante a ausência de acordo com os operadores, salientado que a sua rede cobre "suficientemente" o país.
Questionado sobre a compra da dona da Nowo, a Cabonitel, Valentin Popoviciu referiu estar confiante no desfecho da operação, e que o mesmo seja conhecido num prazo razoável.
Em agosto, a Digi notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) da compra da Cabonitel, que controla a Nowo, "empresa que oferece serviços de comunicações eletrónicas em Portugal Continental, incluindo comunicações fixas, serviços móveis (enquanto "MVNO", utilizando a rede MEO), serviços de Internet fixa, serviços de televisão por subscrição e pacotes de telecomunicações".
Esta 11.ª conferência da Anacom teve um painel dedicado à experiência dos operadores móveis no 5G, em que, além do responsável da Digi, participaram representantes da Meo, Nos e Vodafone, tendo sido deixados vários alertas sobre os desafios de densificação da rede que ainda persistem e para a necessidade de dar suporte ao ecossistema de empresas neste salto para o 5G, tendo em conta que a maioria do tecido empresarial é composto por micro, pequenas e e médias empresas.
Carlos Bouça, da Meo, apontou ainda a necessidade de o novo aeroporto de Lisboa e outras infraestruturas terem de nascer já preparadas para o 5G.
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