Confederação do Turismo assinala necessidade de mão de obra imigrante
O presidente da Confederação do Turismo de Portugal destacou hoje a necessidade de mão de obra estrangeira e considerou que, mesmo se os imigrantes fossem substituídos pelos beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI), "não chegava".
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Economia Francisco Calheiros
Francisco Calheiros foi um dos oradores das jornadas parlamentares do Chega, que decorrem hoje e terça-feira em Castelo Branco, num painel sob o tema "Potenciar a economia portuguesa".
"A falta de mão de obra é realidade. Tem sido ultrapassada pela imigração, e eu acho que não há outra maneira de o fazer", defendeu.
O presidente da Confederação do Turismo de Portugal considerou necessário "criar condições para que eles venham, para que não haja filas intermináveis nos serviços, para que tenham habitação, contrato de trabalho e para que possam ter todas as condições para serem integrados, como portugueses querem que sejam".
No mesmo painel, o deputado do Chega Filipe Melo não subscreveu esta posição.
"Nós não precisamos de imigrantes para acabar com a falta de mão de obra, precisamos é de acabar com o RSI, para por os que andam a receber [este subsídio] a trabalhar, e assim não precisar de imigrantes", afirmou, defendendo que "esse é o ponto prévio para a economia funcionar".
Numa segunda intervenção, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal refutou: "podemos por todas as pessoas que recebem o RSI [nos postos de trabalho agora ocupados por imigrantes], porém não chega".
Francisco Calheiros falou também no aeroporto, considerando que "é o maior constrangimento" para o turismo, e defendeu a localização do Montijo.
"Não discuto Alcochete, que seja. A minha questão é, daqui até lá o que fazemos?", atirou.
Sobre a TAP, o dirigente afirmou que a companhia aérea "é determinante" e defendeu a manutenção do 'hub' na privatização.
Francisco Calheiros considerou ainda que não existe "turismo a mais", mas sim "economia a menos" e "uma gestão do turismo no território a menos e errada".
Apontando que o "turismo vai ser a indústria que mais vai crescer", sustentou que o país tem de aproveitar essa vaga.
O deputado do Chega defendeu que "o Estado tem de ter sempre controlo sobre a TAP" e concordou quanto à importância do 'hub' de Lisboa.
"Não podemos querer que a Lufthansa fique com um dos maiores ativos nacionais, é imprescindível mantermos o 'hub' de Lisboa", disse, alertando também para a continuação da manutenção das rotas de ligação à diáspora, dos postos de trabalho e as compras em território nacional.
Sobre o aeroporto, Filipe Melo disse estar convicto de que "não vai ser em Alcochete, garantidamente" e que a escolha desta localização foi "uma manobra de diversão" do Governo para "tentar comprar a abstenção do PS no Orçamento do Estado".
"Miguel Pinto Luz sabe que Alcochete não é viável", argumentou, acusando o ministro das Infraestruturas de mentir aos portugueses.
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