Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones cresceu 0,55%, aproveitando a oportunidade para estabelecer um novo máximo, o quarto desta semana.
O tecnológico Nasdaq e o alargado S&P 500 ganharam 1,13% e 1,01%, respetivamente.
Nova Iorque viveu uma sessão volátil, típica de final de mês, com abertura no 'verde', passagem para o 'vermelho' e uma subida nos últimos minutos.
"Os volumes estavam baixos hoje, o que faz sentido antes de um fim de semana de três dias, mas houve uma tendência de subida encorajada por bons lançamentos e indicadores positivos", realçou Patrick O'Hare, da Briefing.com.
Wall Street estará encerrada na segunda-feira, devido ao feriado do Dia do Trabalhador.
O índice de preços PCE, considerado o mais relevante pelo banco central norte-americano (Fed), situou-se em julho nos 2,5% em termos homólogos, mantendo-se inalterado face a junho e em linha com as expectativas.
Excluindo a energia e a alimentação, situou-se nos 2,6%, inferior ao previsto pelos economistas (2,7%).
"O dado sobre a inflação preferido pela Fed está suficientemente próximo dos 2% (o seu objetivo a longo prazo) para começar a cortar as taxas [de juro]", frisou Bill Adams, do Comerica Bank.
O quadro é quase idílico, porque ao mesmo tempo o consumo aumentou mais do que em junho.
"Esta não é uma economia em recessão", concluiu Bill Adams.
Embora prevejam uma medida de planeamento por parte da Fed no próximo mês, os investidores, por outro lado, já não têm muita fé na hipótese de um corte de meio ponto, preferindo uma descida de um quarto de ponto.
Este desenvolvimento deu um pequeno impulso ao dólar e esticou as taxas das obrigações. O rendimento dos títulos do governo dos EUA a 10 anos situou-se em 3,91%, em comparação com 3,86% no fecho do dia anterior.
Para além das notícias macroeconómicas, Wall Street acolheu bem vários resultados das empresas.
Um desses foram os números da designer de chips de computador Marvell Technology (+9,16%), menos conhecida do que os grandes nomes dos semicondutores, com os seus resultados a superaram as projeções do mercado, graças à procura de inteligência artificial (IA).
A Dell (+4,33%) também reportou números superiores às previsões dos analistas e aumentou as suas metas anuais.
A Intel teve um desempenho ainda melhor (+9,49%), estimulada pelas informações da agência Bloomberg segundo as quais o grupo Santa Clara está a considerar a divisão das suas atividades de design de microprocessadores e das suas operações de fabrico.
Depois de ter caído acentuadamente no início de agosto, a bolsa de Nova Iorque negociou bem no final do mês e recuperou as perdas.
Embora setembro seja tradicionalmente um mês mau para as ações, o dinamismo poderá continuar, de acordo com Patrick O'Hare.
"Neste momento, o mercado está a levar as sessões umas a seguir às outras e vê que a economia continua a crescer, que os resultados das empresas se mantêm e que as taxas vão descer", analisou.
Leia Também: Wall Street segue em alta após dados da inflação