Bolsas europeias em forte baixa. Investidores receiam recessão nos EUA
As principais bolsas europeias estavam hoje em forte baixa, na sequência dos mercados asiáticos, com os investidores a recearem que a economia norte-americana se tenha deteriorado mais do que o esperado e entrado em recessão.
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Economia v
Às 09:00 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a cair 2,63% para 484,95 pontos.
As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt baixavam 2,09%, 2,13% e 2,33%, enquanto as de Madrid e Milão se desvalorizavam 2,54% e 2,56%, respetivamente.
Depois de abrir no mesmo sentido, a bolsa de Lisboa mantinha a tendência, estando às 09:00 o principal índice, o PSI, a recuar 2,27% para 6.441,44 pontos.
Hoje, os mercados vão estar atentos ao índice ISM da atividade do setor dos serviços dos EUA, um indicador que é particularmente relevante na situação atual.
Se a recuperação esperada não se confirmar, "os receios de um abrandamento excessivo da economia americana poderão intensificar-se, dado o elevado peso dos serviços", observa Javier Díaz, analista sénior da Renta 4, citado pela Efe.
Neste contexto, os investidores estão a apostar no rendimento fixo, o que se traduz em rendimentos mais baixos.
O nervosismo foi desencadeado na semana passada depois da divulgação de dados negativos sobre o emprego e a atividade industrial nos EUA na quinta e sexta-feira, uma situação que foi exacerbada pelos resultados dececionantes de algumas grandes empresas tecnológicas.
Na sequência das quedas de sexta-feira em Wall Street, as vendas estenderam-se hoje à Ásia e à Europa.
Na Ásia, Tóquio caiu 12,4%, a segunda maior queda da sua história, porque ao pessimismo geral se junta a preocupação com o impacto que a força do iene, que se valorizou após a última subida das taxas decidida pelo Banco do Japão, pode ter nas exportações.
Na mesma linha, Seul perdeu 8,77% e Taiwan, 8,35%. As bolsas de Hong Kong e Xangai também negociaram em território negativo, embora com perdas mais moderadas.
Wall Street fechou na sexta-feira em terreno negativo.
O Dow Jones fechou a descer 1,51% para 39.737,26 pontos, contra o máximo, de 41.198,08 pontos, desde que foi criado em 1896, e o Nasdaq, criado em 08 de fevereiro de 1971, a recuar 2,43% para 16.776,16 pontos, contra o novo máximo de 18.647,45 pontos verificado em 10 de julho.
Os investidores receiam que a Reserva Federal dos EUA tenha demorado demasiado tempo a agir e que o seu atraso - a primeira redução da taxa de juro está prevista para setembro - conduza a um novo abrandamento da economia americana.
Os juros da obrigação a 10 anos da Alemanha, considerada a mais segura da Europa, desciam para 2,130%, um mínimo desde o início do ano, contra 2,172% na sexta-feira.
Os preços do petróleo continuam a cair devido aos receios dos investidores quanto ao enfraquecimento da procura.
O barril de petróleo Brent para entrega em outubro abriu hoje em baixa, a cotar-se a 76,09 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, um mínimo desde fevereiro, contra 76,81 dólares na sexta-feira.
A nível cambial, o euro abriu a subir no mercado de câmbios de Frankfurt, a cotar-se a 1,0928 dólares, contra 1,0911 dólares na sessão anterior.
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