"O PS tem aprovado algumas propostas neste parlamento, com o voto favorável do Chega, e depois tem um discurso de que o Programa do Governo não é exequível com um equilíbrio de contas públicas", atirou Joaquim Miranda Sarmento, na sua audição na Assembleia da República, sobre a situação orçamental do país.
Para o ministro, o PS, "na sua acepção de responsabilidade, decide carregar o encargo orçamental em larguíssimas centenas de milhões de euros", o que diz ser "contraditório, populista e de pouca responsabilidade".
Questionado pelo Chega quanto a esta contabilização das medidas, o ministro destacou o impacto da redução do IVA na eletricidade, bem como do fim das portagens nas ex-Scut, cujo impacto é estimado em 180 milhões de euros, apontando que falta ainda apurar "como vão ser as renegociações dos contratos dessas concessões ou Parcerias Público-Privadas".
Joaquim Miranda Sarmento destacou também que, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta segunda-feira, em contas nacionais, no primeiro trimestre Portugal teve um défice de 0,2% do PIB.
"Nos dois anos em que tivemos um excedente, tivemos também um excedente no primeiro trimestre", notou.
Ainda assim, apesar deste cenário e das propostas já aprovadas no parlamento, Joaquim Miranda Sarmento acredita ser possível alcançar um excedente orçamental ainda este ano, em torno de 0,2% ou 0,3% do PIB.
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