A estimativa do avanço do índice PMI (Purchasing Manager s Index) de atividade HCOB Eurozone, compilado pela S&P Global e publicado hoje, situou-se em 50,8 pontos em junho, um mínimo em três meses e 1,4 pontos abaixo dos 52,2 pontos de maio, bem como ligeiramente acima dos 50 pontos, valor que separa o crescimento da contração.
A atividade total registou assim o quarto crescimento mensal consecutivo (com o índice acima de 50 pontos), mas "foi apenas moderada e a mais fraca desde março último", apontando para "uma perda de dinâmica de crescimento à medida que chegamos ao final do primeiro semestre do ano".
O crescimento foi limitado por mais um mês ao setor dos serviços, cuja atividade aumentou pelo quinto mês consecutivo, enquanto o setor da indústria transformadora inverteu a direção em junho e a produção diminuiu ao ritmo "mais forte" desde finais de 2023.
O emprego aumentou pelo sexto mês consecutivo, mas a um ritmo ligeiro e "o mais fraco desde março último", com diferenças por setor: aumentou "solidamente" nos serviços e caiu em proporções semelhantes na indústria transformadora.
A taxa de inflação dos custos dos fatores de produção abrandou pelo segundo mês consecutivo em junho e foi a mais lenta até agora este ano, mas os preços pagos continuaram a aumentar acentuadamente e de forma "ligeiramente mais forte do que a média pré-pandemia".
Com estes dados, a confiança dos empresários diminuiu em junho, depois de "ter atingido um máximo de 27 meses em maio", e o grau de otimismo foi "o mais baixo dos últimos quatro meses", embora "tenha permanecido globalmente em linha com a média da série".
O economista-chefe do HCOB, Cyrus de la Rubia, reconheceu que os dados "frustraram as esperanças de uma recuperação no setor da indústria transformadora", enquanto é o setor dos serviços que "continua a manter a zona euro à tona", considerando que a sua atividade empresarial "foi sólida".
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