Wall Street vê 5.º recorde consecutivo do Nasdaq mas preveem-se problemas

A bolsa nova-iorquina acabou hoje sem direção, mas com um quinto recorde consecutivo do indie tecnológico Nasdaq, graça aos conglomerados da tecnologia, cujo dinamismo contrastou com a lassitude envolvente.

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Lusa
14/06/2024 23:23 ‧ 14/06/2024 por Lusa

Economia

Bolsas

Os resultados definitivos da sessão indicam que o Nasdaq avançou 0,12%, enquanto o seletivo Dow Jones INdstrial Average recuou 0,15% e o alargado S&P500 baixou 0,04%.

"O mercado só avança graças à tecnologia", realçou Sam Stovall, da CFRA. "Estamos num avião com apenas um motor a funcionar", ilustrou.

O Nasdaq apoiou-se em vários valores relacionados com a inteligência artificial (IA) dita generativa, setor em que todos os investidores querem estar.

À cabeça, encontra-se o fabricante de semicondutores Nvidia, que avançou 1,75%, e está à beira de se tornar na maior capitalização bolsista mundial.

Depois do dia de hoje, o grupo de Santa Clara, no Estado da Califórnia, está com uma capitalização de 3,244 biliões de dólares, já na sombra de Apple (3,258 biliões) e Microsoft, com 3,289 biliões.

Só estes três conglomerados tecnológicos norte-americanos representam 10% da capitalização bolsista mundial.

A Apple, que hoje perdeu 0,82%, deveu parte do seu mau dia a informações na imprensa sobre a intenção de a Comissão Europeia abrir um procedimento de contencioso contra a empresa por infração à legislação dos mercados numéricos.

Mas atrás destas árvores de grande porte, a floresta apresenta problemas.

"Se as coisas não mudarem", através de uma vontade de diversificação por parte dos investidores, "vamos assistir provavelmente a uma contração de cinco por cento ou mais" a curto prazo, preveniu Sam Stovall.

Os operadores bolsistas estão a questionar-se sobre o tipo de arrefecimento económico, perante alguns indicadores divulgados recentemente.

Já sem entusiasmo, a praça bolsista recebeu assim friamente o inquérito da Universidade do Michigan sobre a confiança dos consumidores.

O índice de confiança caiu para 65,6 pontos em junho, no que é o seu nível mais baixo desde há sete meses e em retração face a maio, quando os analistas esperavam uma subida.

"A disposição dos consumidores está a degradar-se, possivelmente devido à perda de força da inflação e [acompanhada pela] a falta de perspetiva de não ver baixar as taxas de juro no curto prazo", comentou, em nota analítica, Rubeela Farooqi, da High Frequency Economics.

Estes números "dececionaram os investidores, que entenderam que o momento era próprio para digerir os ganhos recentes", segundo Sam Stovall.

Leia Também: Wall Street hesita no arraque da sessão e bolsas europeias seguem queda

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