Acionistas rejeitam alinhar Shell com metas do Acordo Climático de Paris
Os acionistas da Shell aprovaram hoje o novo plano de transição energética com metas menos ambiciosas para as emissões de carbono e rejeitaram uma resolução que pedia à petrolífera para se alinhar com os objetivos do Acordo Climático de Paris.
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Economia Shell
A estratégia atualizada de transição energética da gigante petrolífera Shell obteve o apoio de 78% dos acionistas na assembleia-geral anual da empresa, hoje realizada em Londres, noticia a agência Bloomberg.
Apenas 19% dos acionistas votaram a favor da resolução sobre o clima, apresentada pelo acionista ativista Follow This e por 27 investidores - incluindo a gestora de ativos Amundi, uma das maiores da Europa.
À margem da reunião em Londres, o presidente executivo da Shell, Wael Sawan, afirmou que estava "muito satisfeito" com o apoio que obteve dos investidores.
E prosseguiu: "Estou satisfeito por termos visto a resolução Follow This obter uma percentagem de votos ainda mais baixa do que nos anos anteriores".
A votação é um revés para o Follow This, que apresentou resoluções climáticas em oito das últimas nove das assembleias-gerais anuais da Shell, depois de ter tido um máximo de 30% por parte dos acionistas em 2021.
Este grupo de acionistas pretende que sejam estabelecidos objetivos rigorosos em matéria de emissões de dióxido de carbono para controlar o aquecimento global, tal como previsto no Acordo de Paris de 2015.
No entanto, após a invasão da Ucrânia pela Rússia e a subsequente crise energética na Europa, as preocupações com a segurança do aprovisionamento têm vindo cada vez mais a concorrer com as alterações climáticas ao nível das preocupações dos investidores.
A Shell atualizou pela última vez a estratégia para a transição energética em março, mitigando alguns dos seus objetivos.
A empresa pretende agora reduzir a "intensidade líquida de carbono" entre 15% a 20% até 2030, face ao objetivo anterior que apontava para 20%.
A Shell também deixou cair o objetivo de reduzir as emissões em 45% até 2035, alegando a "incerteza no ritmo da mudança na transição energética".
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