A empresa sediada em Dublin revelou hoje, em comunicado, que o seu tráfego aéreo aumentou 9% para 183,7 milhões de passageiros, apesar dos atrasos na entrega das encomendas de aviões por parte da Boeing.
Da mesma forma, a Ryanair, líder europeia no setor 'low-cost', faturou 13,44 mil milhões de euros até março passado, 25% mais que no ano fiscal anterior.
O presidente executivo da empresa, Michael O'Leary, explicou, na nota, que as passagens aéreas aumentaram 21% no mesmo período, até 49,80 euros por bilhete, graças à recuperação do tráfego num primeiro semestre "recorde" impulsionado pelas férias da Páscoa no final de março, afirmou.
Consequentemente, a receita por passageiro cresceu 15%, o que compensou o aumento significativo (+32%) da fatura de combustível, que atingiu 5,14 mil milhões de euros, afirmou o gestor.
Do volume de negócios global, a empresa destacou o mercado italiano, que contribuiu com 2.853 milhões de euros (+ 20%), seguido do mercado espanhol, com 2.416 milhões (+28%), e do britânico, com 2.031 milhões de euros (+27%).
Olhando para o próximo ano fiscal, O'Leary anunciou que pretende transportar entre 198 e 200 milhões de passageiros, mais 8%, desde que o fabricante norte-americano cumpra o calendário de entrega de aeronaves antes do final deste ano.
O gestor lembrou que a Ryanair tem uma frota de 146 aviões 'B737 Gamechangers' e mostrou-se confiante de que esta aumentará para 158 no final de julho, menos 23 do que o contratado até à data.
O'Leary alertou que a capacidade de voos de média distância dentro da União Europeia é "limitada", embora a procura de bilhetes para este verão seja "positiva", como demonstra a recuperação das reservas antecipadas face ao mesmo período de 2023.
No entanto, sublinhou que ainda é cedo para ter uma análise precisa dos resultados previstos para o próximo ano fiscal.
"O resultado final do ano fiscal de 2025 dependerá em grande parte da capacidade de evitar eventos adversos durante o ano, como guerras na Ucrânia e no Médio Oriente, perturbações causadas por greves de controladores de tráfego aéreo ou novos atrasos nas entregas da Boeing", acrescentou O'Leary.
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