"A AEP e a ACP congratulam o Governo português pela decisão de avançar com uma solução para ultrapassar os constrangimentos da infraestrutura aeroportuária da capital, que o país anda a discutir há meio século", manifestaram as associações empresariais, em comunicado conjunto.
Na terça-feira, o Governo anunciou a decisão de construir o novo Aeroporto Luís de Camões, no Campo de Tiro de Alcochete, mantendo temporariamente o Aeroporto Humberto Delgado e aumentado a sua capacidade até que a nova infraestrutura esteja operacional.
Adicionalmente, a AEP e a ACP apelaram para o Governo "não ignorar a importância estratégica que o Aeroporto Francisco Sá Carneiro [no Porto] tem para o país, servindo em particular as regiões portuguesas mais industrializadas, fortemente exportadoras e que geram excedentes na sua balança comercial, bem como a euro-região do Norte de Portugal e Galiza".
As associações defendem que o executivo liderado por Luís Montenegro deve reavaliar o papel estratégico do aeroporto do Porto, considerando que tem potencial de crescimento "por custos mínimos", e avançar de imediato com os investimentos necessários.
"O investimento em obras de ajustamento necessário, ampliação e melhoramento desta importante infraestrutura aeroportuária, que é o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, é fundamental, por forma a desempenhar um papel mais relevante nas ligações de Portugal com o mundo", realçaram.
Para aquelas associações, o investimento do Aeroporto Francisco Sá Carneiro permitirá aumentar a capacidade de resposta do país durante o período de construção do novo aeroporto, que a Portela não permite assegurar, tendo em conta a saturação da sua capacidade de resposta à crescente procura.
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