"O Crédito Agrícola analisou o dossiê, continua a analisar e neste momento continua em negociação (...). Se não estivéssemos interessados, não analisaríamos", afirmou Licínio Pina, no dia em que a instituição cooperativa apresentou lucros de 22 milhões de euros no primeiro semestre, mais 81,5% do que no mesmo período do ano passado.
Segundo noticiou em junho o jornal espanhol El Confidencial, o Crédito Agrícola é a instituição mais bem posicionada para ficar com o negócio do BBVA em Portugal, em que tem registado prejuízos. Para o Crédito Agrícola, a aquisição da operação do BBVA permite-lhe ganhar dimensão e passar a ter uma rede urbana.
Questionado sobre quando poderão ser dadas por concluídas as negociações, Licínio Pina disse que espera que seja "em breve".
Em meados de maio, a imprensa espanhola avançou que o BBVA vai sair de Portugal na sequência de três anos de prejuízos. A decisão coincidiu com a do banco britânico Barclays, que tinha anunciado pela mesma altura ter deixado de considerar a operação em Portugal como estratégica.
Já sobre a internacionalização do Grupo Crédito Agrícola, Licínio Pina disse que o banco continua a dar passos, mas "com tempo" e sem "pressa".
Além da abertura de escritórios de representação em cidades europeias, o Crédito Agrícola está a estudar a criação de um banco em Moçambique: "Se nos derem as autorizações que são necessárias, tanto do regulador português como do moçambicano, a intenção é criar uma instituição de crédito", afirmou.