O petróleo Brent, a referência europeia, descia 0,76% por barril, por volta das 10:40, depois de ter recuado hoje no início da sessão até ao mínimo de 85,79 dólares.
Na sexta-feira, o petróleo Brent subiu acima do nível de 90 dólares no início da sessão, na sequência do ataque de Israel contra o Irão, embora o preço do petróleo tenha mais tarde abrandado e terminado em 87,29 dólares,
"Há várias razões para uma eventual reviravolta, incluindo um abrandamento da procura, um abrandamento dos cortes de produção da Arábia Saudita ou um arrefecimento do sentimento de alta para níveis mais normais", observa Norbert Rücker, economista-chefe e investigador da nova geração do banco privado Julius Baer, citado pela Efe.
A este respeito, o especialista recorda que os últimos anos ensinaram os investidores a não subestimar a resiliência do mercado da energia e que as tensões geopolíticas tendem a gerar ruído e subidas de preços que duram semanas, e não meses.
"Além das questões de sentimento de mercado, o mercado petrolífero atual oferece amortecedores de choque", afirma Rücker, que sublinha que os níveis de armazenamento são "confortáveis" e que a Arábia Saudita e os seus aliados dispõem de uma ampla capacidade de produção disponível.
Por outro lado, analistas da Link Securities afirmam que a descida dos preços do petróleo indica que a situação no Médio Oriente parece ter-se estabilizado e acreditam que isso irá apoiar o desempenho das ações.
Os especialistas da Banca March também concordam que as tensões entre Israel e o Irão continuam a desvanecer-se, razão pela qual o petróleo começa a semana em baixa.
Leia Também: Euribor desce a três meses e sobe a seis e a 12 meses