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AdC multa associação de condomínios em 1,17 milhões por fixação de preços

Decisão foi tornada pública esta quinta-feira.

AdC multa associação de condomínios em 1,17 milhões por fixação de preços
Notícias ao Minuto

08:52 - 18/04/24 por Notícias ao Minuto

Economia AdC

A Autoridade da Concorrência (AdC) aplicou uma coima de  1,17 milhões de euros à Associação Portuguesa de Empresas de Gestão e Administração de Condomínios (APEGAC) , depois de concluir que a associação "fixou e impôs junto das empresas do setor preços mínimos a cobrar pela prestação de serviços", infringindo as regras da concorrência.

"Da investigação conduzida pela Autoridade da Concorrência resultou provado que a APEGAC fixou, de forma regular e generalizada, os preços mínimos a cobrar a título de honorários pela gestão e administração de condomínios, durante um período de aproximadamente oito anos (2015-2023), divulgando-os junto das empresas suas associadas, bem como das demais empresas do setor", revela a AdC, em comunicado, esta quinta-feira.

A entidade liderada por Nuno Cunha Rodrigues considerou mesmo que, em particular, a APEGAC, que representa 1.300 empresas do setor, "utilizou o contexto inflacionista verificado recentemente em Portugal para justificar o aumento coordenado dos preços destes serviços, relevantes para os consumidores no contexto dos custos com a habitação".

A AdC recorda que a fixação de preços é uma das mais graves infrações às regras da concorrência, "prejudicando diretamente os consumidores e a competitividade das empresas, penalizando a economia".

A investigação teve início em janeiro de 2023, depois de a Adc ter "detetado oficiosamente a existência, na página eletrónica da APEGAC, de uma tabela de preços mínimos a aplicar no mercado de gestão e administração de condomínios". Em fevereiro do mesmo ano, a autoridade realizou diligências de busca e apreensão na sede da associação de empresas visada no processo.

"A 23 de agosto de 2023, a AdC concluiu, com base na investigação realizada, que existia uma possibilidade razoável de vir a ser proferida uma decisão final que declarasse a existência de uma infração, pelo que adotou uma Nota de Ilicitude (acusação)", indica.

Foi dada à APEGAC "a oportunidade de exercer o direito de audição e defesa em relação aos comportamentos investigados pela AdC, à prova reunida e à sanção em que poderia incorrer".

"Em face da investigação realizada e da pronúncia apresentada pela APEGAC, a AdC adota agora uma decisão final condenatória", lê-se.

Assim, a AdC determinou a aplicação de uma coima de 1,17 milhões de euros à associação, explicando que as coimas impostas pela AdC são determinadas − no caso das associações de empresas − pelos "volumes de negócios realizados no mercado afetado pelas empresas associadas, durante o período em que subsiste a infração". Além disso, "de acordo com a Lei da Concorrência, as mesmas não podem exceder 10% do volume de negócios realizado no ano anterior à data de adoção da decisão final". 

A decisão da AdC é passível de recurso, embora este não tenha efeito suspensivo sobre a execução das coimas.

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