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Portugal admite "preocupação", mas tem reservas de gás e petróleo a 90%

O Governo admitiu hoje "muita preocupação" na União Europeia (UE) sobre o impacto energético das tensões no Médio Oriente, embora garantindo que Portugal tem reservas de gás e petróleo a 90%, capazes de fornecer energia ao país "durante semanas".

Portugal admite "preocupação", mas tem reservas de gás e petróleo a 90%
Notícias ao Minuto

14:29 - 15/04/24 por Lusa

Economia Maria da Graça Carvalho

"Há aqui uma preocupação sobre o que se está a passar no Médio Oriente e como é que isso pode ter efeitos nos preços da energia. Estamos muito preocupados. No entanto, no caso de Portugal, as nossas reservas estão bem e praticamente cheias -- tanto de gás como de petróleo --, mas são finitas e esgotam-se", declarou a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.

Em concreto, "temos praticamente 90% de reservas" de gás e petróleo, que "são para umas semanas", referiu a responsável, falando à imprensa portuguesa em Bruxelas na sua 'estreia' à frente da tutela no contexto europeu, na reunião informal dos ministros da Energia da UE.

A governante disse esperar que não se verifique uma situação de crise, nomeadamente devido à nova legislação comunitária para o setor energético: "Vamos esperar que não aconteça, mas estamos mais preparados".

De momento, segundo Maria da Graça Carvalho, ainda não se equacionam medidas adicionais a adotar, até porque "nos últimos dias houve uma ligeira descida do preço do barril de petróleo", mas será "preciso estar atento e monitorizar".

"Espero que, agora que estamos muito perto de termos boas notícias que refletem o baixar dos preços das renováveis [em Portugal], não venha uma instabilidade da situação internacional contrariar isso, para o qual houve tanto investimento no passado", disse ainda a ministra portuguesa da tutela.

No que toca ao gás teme-se que um conflito mais generalizado no Médio Oriente possa colocar em risco os fluxos de gás natural liquefeito e tais preocupações podem levar à instabilidade do mercado.

O mesmo se teme em relação ao petróleo, sendo que uma crise na região pode reduzir a produção no Irão e na Arábia Saudita, dois dos principais países produtores.

O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 200 'drones' (aparelhos não tripulados), mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o exército israelita.

Hoje foi divulgado que a dependência da UE de petróleo bruto e produtos petrolíferos aumentou para um novo máximo de 97,7% em 2022, depois de ter recuado para 91,6% em 2021, segundo dados do Eurostat.

No final de dezembro passado, a UE chegou a acordo para reformar o mercado comunitário da eletricidade, a fim de impulsionar a implantação de energias renováveis e promover preços estáveis e acessíveis aos consumidores.

Trata-se de um ajustamento do mercado concebido no pico da crise dos preços da energia de 2021 e 2022, que visa aproximar a UE dos objetivos climáticos e afastar os 27 dos combustíveis fósseis da Rússia.

O pacto inclui várias medidas para reforçar a proteção dos consumidores e estabelece critérios que permitam ao Conselho, sob proposta da Comissão, declarar uma crise energética.

"Temos um novo desenho do mercado da eletricidade, que ainda não entrou em vigor, mas irá entrar em vigor muito em breve, [...] que prevê sistema de crise se existir aumentos abruptos [dos preços] da energia", adiantou Maria da Graça Carvalho à imprensa portuguesa em Bruxelas.

[Notícia atualizada às 15h37]

Leia Também: Dependência de petróleo na UE com novo máximo de 97,7% em 2022

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