Bolsas europeias em alta, apesar do ataque do Irão contra Israel

As principais bolsas europeias estavam hoje em alta, na primeira sessão depois de o Irão ter lançado um ataque contra Israel, no sábado, fazendo aumentar a tensão no Médio Oriente.

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© Reuters

Lusa
15/04/2024 09:20 ‧ 15/04/2024 por Lusa

Economia

Mercados

 

Às 08:55 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a subir 0,12% para 505,88 pontos.

As bolsas de Paris e Frankfurt avançavam 0,51% e 0,60%, enquanto as de Madrid e Milão se valorizavam 0,13% e 0,86%, respetivamente.

Londres era a exceção, já que baixava 0,46%.

Depois de abrir a descer, a bolsa de Lisboa mantinha a tendência, estando às 08:55 o principal índice, o PSI, a recuar 0,27% para 6.320,77 pontos.

No plano económico, os investidores vão estar hoje atentos aos dados da produção industrial de fevereiro da zona euro, enquanto nos EUA, a Goldman Sachs apresenta resultados.

Embora na passada sexta-feira a possibilidade da ofensiva do Irão, em retaliação pelo ataque de Israel contra o consulado iraniano na Síria, tenha levantado tensões nos mercados (com subidas do preço do petróleo, do ouro e das obrigações), esta segunda-feira prevalece a prudência, à espera de novos desenvolvimentos.

Israel está a ponderar uma possível resposta ao ataque, mas a comunidade internacional tem apelado para que o país não responda de imediato.

Os analistas da Renta4 explicam que depois das declarações do Irão, "de que o assunto está encerrado", e dos EUA, "de que não apoiarão um contra-ataque" de Israel, "os mercados estão relativamente calmos, assumindo que a tensão não vai escalar mais".

"Pelo contrário, os investidores continuarão atentos à reação de Israel e, se houver retaliação e, consequentemente, um prolongamento do conflito no Médio Oriente, poderão assistir-se a novas subidas nos preços do petróleo, bem como de refúgios seguros como as obrigações do tesouro, o ouro e o dólar", alertam.

Enquanto se aguarda a evolução da situação, o mercado acolhe com prudência este aumento das tensões: o preço do petróleo Brent, a referência na Europa, descia 0,87% a esta hora, para 89,65 dólares.

O barril de petróleo Brent para entrega em junho abriu hoje em baixa, a cotar-se a 89,74 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, contra 90,45 dólares na sexta-feira, depois do ataque do Irão contra Israel na noite de sábado.

Analistas da IG citados pela Efe explicam que o petróleo reflete possivelmente "as expectativas de uma resposta moderada em termos de conflitos armados que poderiam perturbar o abastecimento".

O ouro, um dos ativos considerados um refúgio seguro em tempos de incerteza, está a subir 0,48% para 2.354,81 dólares, mas está longe dos máximos históricos que estabeleceu na passada sexta-feira, de 2.431,52 dólares.

No mercado da dívida, as taxas de rendibilidade das obrigações soberanas subiram: as americanas para 4,556% e as alemãs para 2,388%.

Os futuros dos principais indicadores de Wall Street apontam para uma abertura a verde.

Na sexta-feira, Wall Street fechou em baixa, com o Dow Jones terminou na sexta-feira a descer 1,24% para 37.983,24 pontos, contra 39.807,37 pontos em 28 de março, um novo máximo desde que foi criado em 1986, e o Nasdaq a cair 1,62% para 16.175,09 pontos, contra o novo máximo de 16.442,20 pontos em 11 de abril.

A nível cambial, o euro abriu a valorizar-se no mercado de câmbios de Frankfurt, mas a cotar-se a 1,0651 dólares, contra 1,0643 dólares na sessão anterior.

Leia Também: Bolsa de Lisboa abre a cair 0,06%

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