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Construção Civil pede cumprimento estrito dos prazos de pagamento

A Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas dos Açores (AICOPA) defendeu hoje o "cumprimento estrito" dos prazos de pagamento para que as empresas consigam executar e cumprir com as expectativas dos promotores sejam públicos ou privados.

Construção Civil pede cumprimento estrito dos prazos de pagamento
Notícias ao Minuto

12:19 - 05/04/24 por Lusa

Economia Açores

"Existe um grande desequilíbrio entre aquilo que é o prazo de pagamento por parte dos nossos clientes e aquilo que está a ser exigido no mercado relativamente aos nossos fornecedores", apontou a presidente da AICOPA, Alexandra Bragança.

A responsável falava aos jornalistas na sede da presidência do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), em Ponta Delgada, na sequência de uma audiência com o presidente do executivo açoriano, José Manuel Bolieiro (PSD), no âmbito da auscultação das antepropostas de Plano e Orçamento para 2024.

Alexandra Bragança sublinhou que é preciso "garantir o equilíbrio da tesouraria" das empresas do setor da construção, assinalando que existem "desafios muito grandes pela frente", nomeadamente a execução dos principais investimentos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) Açores, aos quais se juntarão muito provavelmente, e nos próximos tempos, investimentos ao abrigo do programa Construir 2030.

"E para que as empresas os consigam executar, e cumprir com as expectativas dos seus promotores, sejam os públicos ou privados, será muito importante garantir que os prazos de pagamentos sejam estritamente cumpridos", vincou Alexandra Bragança.

A presidente da AICOPA lembrou que, no caso das obras públicas, "o prazo de pagamento em geral é de 60 dias" e as empresas de construção, para puderem aprovisionar os materiais e equipamentos necessários para a execução da obra, "têm de pagar adiantado grande parte das vezes", o que gera "algum desequilíbrio na tesouraria das empresas".

"É muito importante a preocupação com o cumprimento dos prazos de pagamento não só no preço contratual, mas também no que toca às revisões de preços e aos reequilíbrios financeiros dos próprios contratos", acrescentou.

Outra preocupação expressa pela construção civil, e que tem sido recorrente, é a falta de mão-de-obra no setor e a falta de qualificação.

"É muito importante mobilizar os jovens da nossa sociedade para os desafios do futuro, para lhes conferir um projeto de vida, que muitos deles não têm, desde tenra idade, para que possam ganhar gosto pelo mundo do trabalho e pelo abraçar de uma profissão que se enquadra no setor da construção civil", sublinhou.

A AICOPA quer também que a Universidade dos Açores "apoie as empresas no desenvolvimento tecnológico necessário, nos seus projetos e que se envolva ativamente no terreno conjuntamente com as empresas para as ajudar a evoluir tecnologicamente" no sentido de serem disponibilizados no mercado "produtos inovadores que respeitem a sustentabilidade e o ambiente".

O presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, termina hoje uma ronda de audições com parceiros sociais no âmbito do processo de auscultação sobre as antepropostas de Plano e Orçamento Regional para 2024, que foi chumbado em 23 de novembro de 2023, com os votos contra de IL, PS e BE e as abstenções do Chega e do PAN, motivando a queda do executivo regional e a convocação de eleições antecipadas.

A ronda de audições iniciou-se na quinta-feira, tendo o chefe do executivo açoriano recebido todos os partidos com assento parlamentar e alguns dos parceiros sociais.

O novo executivo, o segundo liderado por José Manuel Bolieiro, tomou posse em 4 de março e viu o seu Programa do Governo ser aprovado em 15 de março, com votos favoráveis dos partidos que integram o executivo, as abstenções de Chega, PAN e IL, e os votos contra de PS e BE.

Leia Também: Açores em alerta até domingo devido à chuva, vento e agitação marítima

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