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CE reforça transporte fluvial interior para acelerar descarbonização

O Governo de Bruxelas está a reforçar a aposta no transporte fluvial interior ('inland waterway'), de modo a garantir os abastecimentos, com um setor mais sustentável e de olhos postos na descarbonização.

CE reforça transporte fluvial interior para acelerar descarbonização
Notícias ao Minuto

18:16 - 02/04/24 por Lusa

Mundo Comissão Europeia

Segundo dados da Comissão Europeia (CE), existem cerca de 41.000 quilómetros de hidrovias na Europa, que ligam centenas de cidades e regiões industriais, mas existe disponibilidade para aumentar esta extensão.

"O porto de Bruxelas desempenha um papel fundamental no abastecimento da nossa cidade, de uma forma sustentável. Mais de seis milhões de toneladas de mercadorias são carregadas ou descarregadas aqui todos os anos", afirmou o ministro de Bruxelas com a pasta das alterações climáticas, ambiente e energia, Alain Maron, num encontro com jornalistas, governantes e representantes da indústria, na capital belga.

Conforme destacou, mesmo sendo a Bélgica, sobretudo, conhecida pela cerveja, destacam-se também entre as suas exportações os pavimentos, enquanto do lado das importações lideram os produtos alimentares e os vinhos.

Apesar de ser necessário garantir o abastecimento à capital belga, este processo não pode "sufocar Bruxelas e os seus habitantes", com o impacto do fluxo logístico na poluição atmosférica, vincou.

O transporte de mercadorias em Bruxelas é responsável, atualmente, por aproximadamente 30% das emissões de partículas finas e de gases com efeitos de estufa pelo setor.

É aqui que para Bruxelas entra o transporte 'inland', que o Governo acredita poder ser uma alternativa eficiente ao rodoviário e ferroviário, como uma solução "amiga do ambiente", sobretudo, no que diz respeito ao consumo de energia, emissões de gases poluentes e ao ruído.

"Para reduzir o número de doenças e mortes ligadas à poluição atmosférica e cumprir os nossos objetivos climáticos, é essencial agir em termos da nossa logística para tornar o setor mais limpo", sublinhou Maron.

Presente na mesma sessão, o vice-presidente do Governo da região de Walloon e ministro do Clima, Energia, Mobilidade e Infraestruturas, Philippe Henry, referiu que a União Europeia e, em particular, a Bélgica, devem continuar a investir na "modernização das suas vias navegáveis" e dos seus barcos.

"As razões ambientais são óbvias: o transporte fluvial consome três a seis vezes menos combustível do que o transporte rodoviário e emite três vezes menos CO2 [dióxido de carbono]", indicou, ressalvando que, com motores mais limpos e eficientes, a navegação interior pode reduzir as suas emissões de carbono em 30%.

O meio de transporte "mais antigo do mundo" pode, com os últimos avanços em matéria de motores elétricos e biocombustíveis, ser assim o "mais moderno".

De acordo com Bruxelas, o consumo de energia deste meio de transporte por quilómetro/tonelada de mercadoras transportadas é de, aproximadamente, 17% do verificado no transporte rodoviário e 50% no caso do ferroviário.

A Comissão europeia defende também que o transporte fluvial permite um "elevado grau" de segurança e contribui para descongestionar as redes rodoviárias.

Leia Também: Covid-19. Bruxelas publica ferramentas de verificação de factos

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