O seletivo Dow Jones cedeu 0,60% e o alargado S&P500 recuou 0,20%, ao passo que o tecnológico Nasdaq avançou 0,11%.
Os investidores acolheram de forma mitigada uma reanimação desejável da atividade industrial nos EUA em março.
Pela primeira vez desde há 16 meses, o índice ISM da indústria voltou a crescer, ao alcançar uma percentagem de 50,3%, acima da de 48,1% de fevereiro.
Se, à primeira vista, esta atividade mais apoiada é uma boa notícia para a economia, ela esconde, com um olhar mais aproximado, um índice de preços em nítida ascensão, o que fez subir os rendimentos obrigacionistas.
O índice de preços deste índice industrial subiu em relação ao mês precedente, o que levou os investidores a recear que a Reserva Federal (Fed) adie a descida da sua taxa de juro de referência e mantenha a sua política monetária dura para jugular a inflação.
"Este índice dos preços pagos saiu mais forte do que esperado e não para de subir desde o início do ano", inquietou-se Jack Ablin, da Cresset.
"É um dos sinais que pode mostrar que a inflação [elevada] permanece", disse.
Os rendimentos obrigacionistas dos títulos federais a 10 anos subiram dos 4,20% do último fecho para 4,32% hoje, no que é nível mais alto das duas últimas semanas.
Dada esta boa nova da aceleração da atividade industrial, "o único problema do relatório é esta subida do índice dos preços, que assinala que os custos das matérias-primas aumentaram ao seu ritmo mais rápido desde julho de 2022", sublinhou, pela sua parte, Matthew Martin, da Oxford Economics.
Mas, na sua opinião, perante os baixos cadernos de encomendas, a procura "não deve conduzir a uma subida permanente dos preços como se viu durante a pandemia", acrescentou.
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