Trabalhadores de terra da TAP vão fazer greve às horas extraordinárias

O pré-aviso de greve ao tempo suplementar refere-se ao período entre 28 de março e 30 de julho.

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Teresa Banha com Lusa
12/03/2024 15:51 ‧ 12/03/2024 por Teresa Banha com Lusa

Economia

TAP

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (Sintac) emitiu, esta terça-feira, um pré-aviso de greve ao trabalho suplementar da TAP, a ser cumprida entre 28 de março e 30 de julho, para exigir o pagamento dos aumentos salariais acordados.

A informação foi avançada pelo ECO e confirmada pelo Notícias ao Minuto junto do sindicato.

"Porque razão todos os trabalhadores já receberam os devidos aumentos excluindo os trabalhadores de terra? Não aceitamos desculpas aliadas a falta de competência ou de capacidade interna em concretizar os devidos aumentos acordados/negociados e exigimos no mínimo que o recibo de vencimento de março venha já com a carreira regularizada a +6% e +10% respetivamente no vencimento base", apontou o Sintac.

De acordo com o Sintac, os trabalhadores reclamam o pagamento dos aumentos previstos no novo acordo de empresa, que prevê aumentos salariais entre 6% a 10%, com retroativos a julho do ano passado.

Segundo a Sintac, “ao contrário do que ocorreu com outros trabalhadores, a TAP não cumpriu com o compromisso assumido de proceder aos pagamentos acordados no processamento” em fevereiro, mês em que o acordo foi alcançado.

"Tal omissão representa um profundo desrespeito por aqueles que, com muito sacrifício pessoal, ajudaram a recuperar os resultados da empresa e concomitantemente com o Sindicato que os representa", consideram, em comunicado.

O sindicato garante que “serão assegurados os serviços necessários à segurança e manutenção de equipamento e instalações” durante o período em causa.

Os novos acordos de empresa tiveram de ser negociados com todos os sindicatos representativos dos trabalhadores da companhia, após os antigos terem sido denunciados para que pudessem entrar em vigor os acordos temporários de emergência, que permitiram a aplicação de cortes salariais, no âmbito do auxílio de Estado e do plano de reestruturação, no seguimento das dificuldades causadas pela pandemia de Covid-19.

No final de fevereiro, outro sindicato, o dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava), acusou a TAP de aplicar os novos acordos de empresa excluindo o pessoal de terra, o que classificou como um "irresponsável episódio" que deixará marcas.

Apesar de ressalvar não estar contra o pessoal navegante ou contra as respetivas estruturas sindicais, o Sitava disse não ser de "fácil entendimento o seu silêncio" numa altura em que parte dos trabalhadores está a ser "miseravelmente discriminada".

O sindicato também defendeu não entender os motivos que levaram a empresa a adotar esta decisão que disse, para além de discriminatória, constituir uma humilhação.

"Porque diabo é que para aplicar o novo AE ao pessoal de terra são necessárias gigantescas e complexas parametrizações informáticas e para o pessoal navegante não foi? Por outro lado, além da grande complexidade informática, dizem-nos agora que tudo tem que ser feito manual e pessoalmente para cada um dos trabalhadores. Afinal em que ficamos?", questionou.

Em junho, o Sitava iniciou uma negociação com o objetivo de acabar com os cortes salariais e aprovar um novo AE.

O sindicato lamentou ainda que a TAP tenha "apunhalado" os trabalhadores e vincou que este "irresponsável episódio" deixará marcas profundas.

[Notícia atualizada às 16h12]

Leia Também: TAP recebe "dupla distinção" nos World Travel Awards e MICE Awards

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