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'Contact centers'. APCC rejeita existência de desigualdade de género

A Associação Portuguesa de Contact Centers (APCC) refutou hoje as acusações de desigualdade de género no setor, que estão na base de uma greve convocada para sexta-feira, Dia da Mulher, condenando "qualquer tipo de discriminação" entre os trabalhadores.

'Contact centers'. APCC rejeita existência de desigualdade de género
Notícias ao Minuto

10:53 - 07/03/24 por Lusa

Economia APCC

"A APCC, apesar de respeitar o direito à greve, não pode deixar de refutar os argumentos utilizados com o pretexto da desigualdade de género, por não corresponderem à verdade dos factos. Acreditamos e trabalhamos, desde sempre, na valorização e dignificação dos profissionais dos 'contact centers', independentemente do seu género", sustenta a associação em comunicado.

Garantindo que "condenará sempre qualquer tipo de discriminação junto dos colaboradores desta indústria, sem exceção", a APCC afirma que, "pela sua importância, o Dia Internacional da Mulher não pode servir de mote para denegrir um setor onde as mulheres estão tão bem representadas e contribuem de forma tão decisiva para o seu sucesso".

"Esta greve carece de contexto que a justifique, pelo que não podemos pactuar com esta falsidade", enfatiza.

Segundo um pré-aviso de greve publicado na imprensa, a paralisação dos trabalhadores que prestam serviço nas áreas dos 'call-centers' e 'contact centers' vai decorrer entre as 00:00 e as 24:00 de sexta-feira e é convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Call Center (STCC) para exigir melhores condições de trabalho.

"Estão abrangidos todos os trabalhadores que prestem serviço na área dos 'call center', 'contact center' seja em funções de 'front-office', 'back-office' e afins, tal como nas áreas administrativas e afins seja em regime de 'outsourcing' ou outros", é referido no pré-aviso.

Os trabalhadores querem a proibição de trabalho aos fins de semana e feriados em todos os serviços que não são de natureza urgente e a justa remuneração dos trabalhadores e o fim dos cortes na remuneração variável aquando de faltas para apoio à família.

Exigem igualmente o alargamento do número de faltas permitidas para apoio à família, sem perda de remuneração, formação para chefias e trabalhadores sobre assédio moral e sexual, assim como a criação de mecanismos de denúncia destes casos nos locais de trabalho.

Os trabalhadores reclamam também que todas as empresas com mais de 200 trabalhadores tenham creches junto ao local de trabalho, cantinas com refeições de qualidade a preços baixos, políticas públicas que diminuam o peso das tarefas domésticas, investimento na saúde e educação, uma rede de creches e berçários públicos e apoio real às vítimas de violência de género.

A este propósito, a APCC cita dados do "Estudo de Benchmarking 2023", por si desenvolvido, e que "mostram que o género feminino continua a ser predominante entre os colaboradores e supervisores dos 'contact centers'".

"Dos nossos operadores, 63% são mulheres", refere, enquanto "58% dos supervisores são mulheres, o que mostra uma situação dominante das mulheres em cargos de chefia", sendo que "não há quaisquer diferenças salariais mediante o género".

Quanto aos horários de trabalho, a associação nota que "este, como qualquer outro setor, tem algumas especificidades", nomeadamente o formato de prestação de serviço 24 horas por dia e sete dias por semana para muitas das operações, no que diz respeito a serviços de emergência ou problemas técnicos.

"A APCC, bem como as empresas suas associadas, defende um setor justo com importância relevante para a economia nacional, com forte impacto na criação de emprego e oportunidades para as pessoas, onde impera o respeito pela igualdade e inclusão", sustenta.

Atualmente com mais de 104 mil trabalhadores, a indústria de 'contact centers' tem vindo a registar, segundo a associação, "um ritmo acentuado" de criação de novos postos de trabalho, "substancialmente superior ao crescimento anual do emprego nacional".

Constituída por 120 empresas, a APCC representa 12 setores da economia.

Leia Também: China quer crescimento de 5% para 2024 face a dados económicos mistos

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